O pernilongo (Culex quinquefasciatus) é um mosquito do gênero Culex, da família culicidae, que possui mais de 300 espécies. Conhecido pelo zumbido irritante que emite, ele possui uma picada dolorosa, que pode causar coceira intensa e ulcerações na pele em pessoas alérgicas. O inseto também tem hábitos noturnos e, durante o dia, se abriga em lugares úmidos, protegidos do vento.
Conhecido por ser relativamente inofensivo, o pernilongo prefere ambientes pouco higiênicos para abrigar seus ovos, com alta carga de matéria orgânica, como esgotos e água parada. A responsável pela picada dos mosquitos da dengue (aedes aegypti) é a fêmea, que se alimenta de sangue e costuma atacar seus alvos após o pôr do sol. Já os machos se alimentam de néctar, seiva de plantas e frutas. Essa espécie possui tom preto com listras brancas, diferentemente do pernilongo comum, que é marrom.
Típicos de regiões tropicais e muito comum no Brasil, esses insetos costumam infestar as casas principalmente nos meses mais quentes do ano. A fêmea adulta tem um ciclo de vida de média um mês, em boas condições alimentares e mantida a uma temperatura constante por volta dos 28 graus.
Além disso, em temperaturas elevadas, os ovos levam pouco tempo para eclodir e se tornar um mosquito adulto. A longevidade desses mosquitos diminui drasticamente em baixas temperaturas. Por isso que esses insetos costumam dar uma folga durante o inverno.
Uma pesquisa do National Institutes of Health demonstrou que os mosquitos possuem receptores capazes de detectar tanto o dióxido de carbono, liberado pela respiração humana, quanto odores exalados pela pele. Por meio da interação dessas substâncias com os receptores, os mosquitos conseguem se aproximar com precisão das partes da pele expostas às picadas.
Embora ainda não haja comprovação científica de que os pernilongos sejam transmissores da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, como, eles são considerados um problema de saúde pública. Isso porque é o principal vetor da doença incapacitante filariose linfática, mais conhecida como elefantíase. Além disso, pode transmitir diversas arboviroses, como febre do Nilo Ocidental, febre de Mayaro e encefalite de Saint Louis.
O aumento da urbanização, a redução do saneamento e o uso generalizado de inseticidas são fatores adicionais que favorecem a disseminação geográfica desse mosquito peridoméstico. Já a urbanização e a diminuição do saneamento levam a aumentos no habitat das larvas, enquanto o uso de inseticidas limita a competição de espécies mais suscetíveis.
Além disso, existem estudos em andamento sobre a possibilidade de que o pernilongo possa transmitir doenças, como a zika. Por isso, para se prevenir, instale barreiras físicas, como telas de proteção nas janelas, e evite manter frestas abertas durante o verão, quando a atividade dos insetos é mais comum, a partir das 18 horas. Além disso, utilize repelente e evite deixar água suja e parada na sua casa.
Pessoas que apresentam alergia às picadas de mosquitos e pernilongos podem exibir sinais que vão de vermelhidão, inchaço, dor, coceira intensa e presença de líquido no local afetado. Esses sintomas representam uma reação do organismo a um componente intruso, como a saliva do mosquito.
Isso acontece porque, ao sugar o sangue humano, eles depositam saliva na pele de seu alvo. A saliva do pernilongo contém anticoagulantes, anestésicos e outras substâncias que nosso corpo entende como invasoras. Em resposta, as células sentinelas do sistema imunológico, chamadas de mastócitos, liberam histamina e outros agentes de defesa do organismo para combater a invasão. Na maior parte dos casos, a picada pode levar a sintomas leves, como um pequeno calombo avermelhado que acompanha coceira.
No entanto, algumas pessoas podem apresentar uma reação exagerada à picada de pernilongo. O choque anafilático ocorre quando há sintomas como:
Se você apresentar esses sintomas, é importante procurar orientação médica imediatamente, pois há risco de morte por asfixia.
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