Ficar com os pés inchados na gravidez é normal e pode ser um sintoma aliviado em casa
Pés inchados na gravidez são mais comuns do que parecem. O inchaço na região das pernas e dos pés costuma aparecer gradativamente em qualquer gestante, seja no início ou no fim da gravidez, devido a retenção de líquido. Desde que ocorra de maneira gradual, o inchaço não é prejudicial e sumirá com o tempo.
A razão pela qual as pessoas desenvolvem pés inchados na gravidez se dá por diversos motivos, sendo que todos eles causam a retenção de líquidos na região das pernas. As principais causas do inchaço durante a gravidez são:
- A maior produção de sangue durante a gestação;
- Conforme a criança cresce, o útero aumenta de tamanho e pressiona as veias que levam o sangue da perna para o coração, dificultando a circulação sanguínea;
- Os hormônios da gestação fazem com que as paredes das veias fiquem mais finas, e consequentemente funcionem com dificuldade;
- O corpo produz mais hormônios de relaxamento (para abrir a pelve com facilidade), assim, os tendões e ligamentos no pé ficam mais largos;
Todos esses fatores podem fazer com que suas pernas e pés fiquem inchados, seus dedos pareçam maiores e você se sinta desconfortável. Além disso, apesar dos pés inchados surgirem em qualquer momento da gestação, eles costumam ser mais comuns a partir da 20ª semana, e ganham intensidade no terceiro trimestre.
O que fazer quando os pés estão inchados na gravidez?
Como o surgimento de pés inchados na gravidez é normal, é possível lidar com o problema de forma caseira e natural. Se você está sofrendo com esse tipo de inchaço nos pés, confira a seguir algumas dicas para reduzir o sintoma:
Use meias de compressão
Usar meias de compressão pode ajudar a diminuir os pés inchados na gravidez. Isso porque elas pressionam as pernas a moverem o excesso de líquido nas veias de volta para o resto do corpo, facilitando a circulação sanguínea. Além disso, as meias ajudam a evitar o surgimento de varizes, que segundo estudos, podem ocorrer em pelo menos 15% das gestantes.
Beba bastante água
O consumo de água ajuda a reduzir os minerais que causam a retenção dos líquidos, favorecendo a circulação sanguínea. Mas não beba tudo ao mesmo tempo, tome goles consideráveis durante o dia e mantenha-se hidratado sempre que possível.
Evitar ficar em pé, ou sentado
As duas posições causam compressão nas veias das pernas e pés, gerando o inchaço que ocorre durante a gravidez. Por isso, se você passa muito tempo em pé, tente se movimentar bastante e tirar um tempo de descanso uma vez ou outra. No caso de pessoas que passam tempo demais sentadas, é preciso adotar atividades físicas e caminhadas à rotina.
Eleve as pernas
A elevação das pernas, em uma almofada ou travesseiro, ajuda a facilitar o fluxo sanguíneo. Por isso, se você tiver os pés inchados na gravidez, tire um momento do dia para colocar os pés para cima no sofá ou na cama.
Use sapatos confortáveis
É importante o uso de sapatos que não apertem os pés durante a gestação. Para que os membros não fiquem sobrecarregados e o corpo consiga diminuir a retenção de líquidos. Opte sempre por sapatos abertos e macios.
Massagem nos pés
Fazer ou receber massagem nos pés estimula a circulação sanguínea e linfática, ajudando a eliminar o inchaço e deixar uma sensação de relaxamento. Para fazer a massagem basta aplicar movimentos suaves nos pés e nas pernas no sentido do coração. Você também pode optar pela drenagem linfática feita por um profissional.
Quando o inchaço na gravidez não é normal?
Nem sempre os pés inchados na gravidez são normais ou naturais. Eles podem indicar uma doença grave, como a pré-eclâmpsia. Essa condição também é conhecida como pressão alta durante a gestação e pode causar problemas tanto à gestante quanto ao bebê. Por isso, assim que identificada, é preciso entrar em contato com o médico responsável pela gravidez.
Os sinais da pré-eclâmpsia são:
- Inchaço que não desaparece com técnicas de alívio;
- Mãos e rosto inchados;
- Mais inchaço do que o normal;
- Inchaço em apenas uma das pernas.
Para que os efeitos colaterais da condição sejam evitados, a gestante precisará ficar no hospital até o dia do parto, sendo observada de perto. Os sintomas de pré-eclâmpsia só somem depois do nascimento do bebê. Quando não tratada, a condição pode ser fatal.