É difícil fazer com que as crianças fiquem alguns minutos com o termômetro parado embaixo do braço. E o pior é que nem elas nem muitos dos pais sabem que se trata de um vidro recheado com uma substância química tóxica, que é o mercúrio.
Esse tipo de termômetro ainda é o mais utilizado em todo o território nacional, apesar de já ter sido banido em diversos países do mundo. De acordo com pesquisa realizada com oito nações subdesenvolvidas (entre elas, o Brasil), 83% dos hospitais e consultórios nacionais pesquisados ainda utilizam termômetro de mercúrio, mesmo havendo alternativas no mercado e sabendo que o material faz mal à saúde humana e ao meio ambiente. A principal explicação é o alto custo.
A pesquisa foi financiada pelo Ministério do Meio Ambiente da Alemanha e teve participação de ONGs internacionais (uma delas é brasileira) e entrevistou consumidores, comerciantes e profissionais de saúde de oito países, de quatro continentes (exceção feita à Oceania). Além dos termômetros, também entraram na pesquisa materiais odontológicos, cremes dermatológicos e pilhas comuns.
No fim de maio, uma petição que pede o fim da fabricação e uso de termômetros de mercúrio no Brasil foi entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por mais de 50 redes, organizações e personalidades da sociedade civil que atuam na área de saúde. As entidades também propõem a criação de um programa de substituição de termômetros por meio de uma campanha pública de conscientização e do subsídio à produção de termômetros não-tóxicos.
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