68% dos executivos norte-americanos admitem que suas empresas praticam greenwashing

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Uma pesquisa realizada pelo The Harris Poll para o Google Cloud teve como objetivo comprovar a prioridade da sustentabilidade em mais de mil empresas em 16 países. Porém, enquanto os resultados mostram que 86% dos entrevistados acreditam que seus esforços estão trazendo mudanças significativas para o meio ambiente, apenas 36% conseguem qualificar seus esforços. 

Em frente às ameaças da crise climática, a sustentabilidade vem sendo um tópico extremamente abordado na mídia. Um novo relatório do IPCC comprova que ainda há tempo de reverter os impactos causados pelas mudanças climáticas, mas é necessário agir. 

Porém, quanto é feito pelas grandes empresas mundiais dentro deste tópico? Com novas tecnologias capazes de medir níveis de sustentabilidade em tempo real e com diversos outros recursos capazes de contribuir para a conservação do meio ambiente, é possível contabilizar esses esforços? 

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Pensando nisso, o Google Cloud trouxe essa pesquisa à vida. Com a ajuda do The Harris Poll, o total de 1491 executivos de 16 países foram entrevistados a fim de buscar informações sobre as medidas prioritárias tomadas por suas empresas. 

De acordo com a pesquisa, 93% dos participantes confirmaram que estariam dispostos a adequarem suas companhias aos padrões da ESG (Environmental, Social and Governance) – “O termo ESG tem sido usado para se referir a práticas empresariais e de investimento que se preocupam com critérios de sustentabilidade – e não apenas com o lucro.”

Além disso, foi dito que 80% dos executivos se dariam classificações acima da média às suas companhias por seu esforço de sustentabilidade ambiental. 

Entretanto, embora esses resultados pareçam positivos, apenas 36% dos entrevistados conseguem qualificar seus esforços e, dentro desse número, apenas 17% usam esses resultados para otimizar seus impactos no meio ambiente. 

Fora isso, 58% dos executivos admitiram que suas empresas fazem parte de algum tipo de greenwashing — uma tática de promoção às custas do meio ambiente, prometendo mudanças e ações eco-friendly, que acabam não sendo realizadas. 

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Mais da metade dos entrevistados também alega que queriam fazer mais pelo meio ambiente, porém, não sabem como. O estudo também debate que parte dos executivos já estão planejando a implantação de novas medidas de sustentabilidade ambiental, alegando que existe tempo para o processo. 

De acordo com o relatório, 82% dos participantes gostariam de ter mais espaço para priorizar a sustentabilidade e concordam com a frase “Gostaria que nosso conselho ou liderança sênior nos desse mais espaço para priorizar a sustentabilidade.” 

Entretanto, não se sabe quais são os empecilhos que tornam a implementação dessas medidas tão difíceis. 

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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