Loja
Apoio: Roche

Saiba onde descartar seus resíduos

Verifique o campo
Inserir um CEP válido
Verifique o campo

Bactérias mais resistentes não morrem e colonizam rapidamente as esponjas de poliuretano

Uma das formas mais tradicionais de desinfetar a esponja de cozinha de poliuretano, segundo o pesquisa feita pela Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, seria molhá-la e colocá-la no micro-ondas por dois minutos. O método mataria 99,9% das bactérias presentes no item, inclusive as comuns E. coli e salmonella.

Má notícia

Uma pesquisa mais recente publicada na revista Scientific Report mostrou que quem seguia a recomendação, na verdade, estava contaminando ainda mais sua esponja. Pesquisadores de universidades e institutos alemães analisaram o DNA microbiano de 14 esponjas usadas e descobriram que o ato de colocar o item no micro-ondas ou fervê-lo não mata as bactérias causadores de doenças importantes, como meningite e pneumonia. Esses micro-organismos, como a bactéria Moraxella osloensis, além de terem o potencial de causarem infecções em pessoas com sistema imunológico debilitado, são responsáveis pelo cheiro desagradável da esponja.

Em vez de desinfectar, aumenta a proporção de bactérias

A pesquisa detectou que esponjas higienizadas pelo método do micro-ondas tinham mais bactérias relacionadas a agentes patogênicos do que as não higienizadas. Isso ocorre porque os micro-organismos ligados a patógenos são mais resistentes a esse tipo de limpeza. As bactérias “mais fracas” morrem com as altas temperaturas e as resistentes e mais perigosas colonizam rapidamente toda a esponja.

Mais de 50 bilhões de bactérias foram encontradas em apenas um centímetro cúbico de uma esponja higienizada pelo método do micro-ondas, número encontrado apenas em fezes. A solução, portanto, estaria em trocar a esponja regularmente a cada semana.

“De uma perspectiva de longo prazo, os métodos de saneamento de esponja parecem não suficientes para efetivamente reduzir a carga bacteriana em esponjas de cozinha e podem até aumentar a proporção de bactérias relacionadas com RG2 (grupo de risco 2). Em vez disso, sugerimos uma substituição regular (e facilmente acessível) de esponjas de cozinha, por exemplo, semanalmente”, concluem os autores do estudo Massimiliano Cardinale, Dominik Kaiser, Tillmann Lueders, Sylvia Schnell e Markus Egert, de diferentes universidades e institutos de pesquisa da Alemanha.

Questão ambiental

Dessa forma, se você usa a esponja de poliuretano, o melhor a fazer é, após o uso, secá-la o máximo possível, deixando-a, em seguida, ao sol. E, claro, use-a por apenas cerca de uma semana antes de efetuar a troca.

O problema é que a atitude acima pode proporcionar consequências indesejáveis. O processo de produção do poliuretano, oriundo do petróleo, apresenta problemas ambientais (veja mais em “Poliuretano tem efeitos nocivos à natureza, mas alternativas à reciclagem crescem“) e, se muita gente passar a seguir a recomendação e trocar a esponja semanalmente, impactos ambientais aumentariam, ainda mais pelo fato de a esponja de cozinha de poliuretano não ser reciclável. Também não é razoável efetuar qualquer descontaminação ou prolongar o uso da esponja… O que fazer?

Alternativa da esponja vegetal

O mais recomendável é utilizar a esponja vegetal. Ela substitui com eficácia a esponja sintética de poliuretano na lavagem de louça (sem riscar a louça) e tem a grande vantagem de ser um produto natural. Isso faz com que ela possa ser biodegradada em aterros, mesmo estando contaminada da mesma forma que a esponja comum. O período de uso dela também deve ser de cerca de uma semana. A esponja vegetal, que é oriunda da planta Luffa cylindrica, pode ser cortada aos poucos, também podendo representar vantagens econômicas.


Veja também:


Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos. Saiba mais