A gestão inadequada dos resíduos, entre eles os eletroeletrônicos, gera inúmeros danos ambientais que comprometem seriamente a qualidade de vida da população. À medida em que aumenta o número de habitantes nas cidades, cresce também o volume de material a ser reciclado, assim como os desafios de implantar, ordenar e gerenciar de modo sustentável os resíduos gerados.
Ao contrário do que muitos podem imaginar, o consumidor final tem papel essencial na eficiência do processo de descarte correto desses resíduos sólidos. Essa responsabilidade compartilhada envolve ainda fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, além dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
Para ter ideia, segundo dados da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), o volume de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos (Reee) gerado na cidade de São Paulo em 2014 foi estimado em 70 mil toneladas, mas apenas 2% foram coletados e tratados adequadamente.
Diante deste cenário foi desenvolvido o descarte ON, projeto inédito de logística reversa de Reee, resultado de parceria entre os governos do Japão e do Brasil, que conta com a participação de varejistas, associações e empresas de reciclagem e será realizado até 31 de dezembro de 2016 no bairro da Lapa.
O objetivo do projeto é sensibilizar o cidadão paulistano sobre a importância do descarte correto e da Logística Reversa do Reee, evitando prejuízos ao meio ambiente e à saúde, e utilizar os conhecimentos, dados e informações obtidos com a execução do projeto-piloto na criação do futuro sistema de reciclagem de Reee no Brasil, desde a coleta e o transporte, até a reciclagem e a destinação correta do resíduo.
O projeto disponibiliza uma pesquisa no site do descarte ON, para avaliar o nível de conhecimento sobre logística reversa de eletroeletrônicos e responsabilidade compartilhada na reciclagem de resíduos.
Os resíduos eletroeletrônicos envolvidos no projeto são os de pequeno e médio porte, como eletrodomésticos em geral, liquidificadores, espremedores, ferros de passar, aparelhos de áudio e vídeo, câmeras fotográficas e filmadoras, além de computadores, laptops e celulares; e os de grande porte, como TVs e linha branca (geladeiras, fogões, máquinas de lavar e secadora de roupas, e aparelhos de ar-condicionado). Não estão incluídos itens como baterias, pilhas secas, lâmpadas fluorescentes e toners de impressora.
Há dois tipos de coleta: um para itens de pequeno e médio porte e outro para os de grande porte.
Na Coleta nas Lojas, o próprio consumidor poderá depositar esses resíduos em caixas de coleta especiais e devidamente identificadas no interior dos estabelecimentos participantes na região da Lapa.
A Coleta na sua Casa é voltada a itens de grande porte (TV, geladeira, máquina de lavar e secadora de roupas, fogão e aparelho de ar condicionado). Funciona assim: ao comprar qualquer um dos 5 tipos de eletroeletrônicos citados ‒ TVs geladeiras/freezers, fogões, máquinas de lavar/secadoras e aparelhos de ar-condicionado ‒ nas lojas participantes, se o consumidor quiser descartar o aparelho antigo poderá solicitar a coleta em domicílio.
Esta coleta tem o valor simbólico de R$ 10 por unidade e está restrita ao tipo e quantidade de equipamentos comprados, ou seja, o cliente que adquirir uma geladeira poderá descartar uma geladeira, e assim por diante.
O valor irá cobrir parte do custo de transporte para a coleta, que vai abranger apenas o município de São Paulo. Demais custos serão cobertos pela JICA (Japan International Cooperation Agency).
O prazo para coleta será de 30 dias corridos da data da compra do eletroeletrônico novo. Como a coleta pode levar alguns dias para ser realizada após a solicitação, o ideal é que o agendamento seja feito o quanto antes.
O descarte ON, projeto inédito de logística reversa de Reee que iniciou a partir de abril de 2016 e que conta com a participação dos varejistas, associações e empresas de reciclagem, ampliou para 10 o número de pontos de coleta na região da Lapa.
A iniciativa, resultado de parceria entre os governos do Japão e do Brasil, estava prevista para ser conduzida até o final de outubro de 2016. Entretanto, devido a necessidade de dedicar mais tempo para preparações da parte deste serviço, definiu-se pela prorrogação da sua execução até 31 de dezembro.
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