Pesquisadores brasileiros participam do maior sequenciamento de primatas já produzido

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Por Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação | Cientistas brasileiros participaram do sequenciamento completo do genoma dos primatas, que resultou no maior catálogo já produzido, com 809 indivíduos de 233 espécies de florestas tropicais. Os estudos, realizados por pesquisadores de 24 países, foram publicados em edição especial da revista norte-americana Science. O esforço conjunto contou com a participação de dez pesquisadores brasileiros, entre eles, o primatólogo Felipe Ennes Silva, pesquisador do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

“É a mais completa pesquisa sobre a genética da ordem primatas da qual o Brasil também faz parte”, disse o pesquisador.

Entre as descobertas, foram identificadas 4,3 milhões de mutações que afetam a composição de aminoácidos e alteram a função das proteínas, levando ao desenvolvimento de doenças humanas entre primatas. “Para essa conclusão, foi usado um algoritmo de inteligência artificial chamado de PrimateAI-3D, desenvolvido por uma empresa que é líder mundial no sequenciamento de DNA”, explicou Felipe.

Ele ressaltou ainda a importância da pesquisa para futuros estudos sobre a evolução da espécie. “Pela abrangência do estudo, que envolveu espécies de primatas da Ásia, América e África, estes dados também possibilitarão futuros estudos em filogenética e evolução da ordem Primatas, o que permite também entender nossa própria evolução”, explicou.

“Considerado como o mais completo catálogo da diversidade genética dos primatas, os estudos publicados na revista Science permitirão entender aspectos da adaptação de diferentes primatas às mudanças no habitat causadas pela ação humana, identificando assim aqueles que precisam de maiores cuidados para sua conservação”, finalizou.


Este texto foi originalmente publicado por Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.

Thalles Moreira

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