Pesquisadores da Cornell University, Ohio State University, Technical University of Munich e Connecticut Agricultural Experiment Station descobriram que a umidade do solo pode ser a chave para manter carbono armazenado no solo e mitigar os efeitos nocivos das mudanças climáticas.
No estudo, publicado na revista ScienceDirect, os cientistas utilizaram luz síncrotron para investigar como a umidade é capaz de influenciar o carbono presente no solo – um elemento importante para a manutenção da fertilidade e existência de microrganismos benéficos. De acordo com um dos pesquisadores, Itamar Shabtai, ao jornal Phys, a presença de umidade nos solos potencializa a ação de microrganismos que degradam matéria-orgânica e armazenam carbono no solo. Para o cientista, essa descoberta pode atuar como ferramenta para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A equipe espera que suas pesquisas afetem as práticas de manejo do solo, ajudem a mitigar os impactos das mudanças climáticas e melhorem as previsões sobre o que acontecerá com o carbono em solos mais secos. A descoberta é importante tendo em vista que, com as mudanças climáticas, solos de diversos ambientes da Terra estarão mais aquecidos e secos, assim como a Amazônia no Brasil e em outros países da América Latina, que vem passando por um processo de savanização.
O resultado do estudo é mais um argumento a favor da manutenção de biomas como a Mata Atlântica e a Amazônia, que possuem densidade vegetal significativa, capaz de aumentar a umidade local e, possivelmente, potencializar a captura de carbono no solo pelos microrganismos decompositores.
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