Quando começamos a compostar os resíduos orgânicos domésticos (saiba mais sobre compostagem na matéria “O que é compostagem e como fazer“), temos que seguir alguns cuidados para que a compostagem siga sem problemas, como por exemplo: odor forte, demora para decompor os alimentos, composto de qualidade ruim, condições desfavoráveis para os micro-organismos e minhocas e possibilidade de atrair outros animais (saiba mais sobre esses fatores na matéria “Problema na composteira? Conheça soluções“).
Um dos cuidados que deve ser seguido é simples: ao cuidar da sua composteira, fique atento se há indicações de que alguns parâmetros estão desregulados e a eCycle irá te ajudar a perceber isso.
Esses parâmetros são muito importantes, pois influencia no processo e produto. Alguns deles são de fácil percepção como a temperatura e a umidade, mas outros como a relação de Carbono e Nitrogênio e o pH podem ser mais complicados.
O pH significa “potencial hidrogeniônico”, que é uma escala que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução ou do solo. Os valores variam entre 0 e 14, sendo que 7 é neutro, 0 representa a acidez máxima e 14 significa alcalinidade máxima. Esses valores variam de acordo com a temperatura e a composição de cada substância. É importante saber o pH do composto porque é um indicativo do estado de compostagem dos resíduos orgânicos.
Estudos indicam que, no começo da compostagem, o ambiente fica ácido, com valores até 5. Isso ocorre devido a decomposição que, no início, à medida em que os fungos e as bactérias digerem a matéria orgânica, ocorre liberação de ácidos que também são decompostos até serem completamente oxidados.
Posteriormente, o pH vai aumentando gradativamente com a evolução do processo de compostagem e estabilização do composto, alcançando, finalmente, valores entre 5,5 e 8, os quais bases científicas apontam serem a faixa ótima do pH para a maioria dos micro-organismos. Assim, o composto obtido no final da compostagem terá um pH estável, entre 7,0 e 8,5.
A queda do pH no início favorece o crescimento de fungos, a decomposição da celulose e legnina (constituinte da madeira) e os próprios micro-organismos regulam automaticamente os valores do pH, porém, valores extremos podem inativar os seres vivos e os valores muito baixos de pH são indicativos de falta de maturação.
Se existir escassez de oxigênio, o pH poderá descer a valores inferiores a 4,5 e limitar a atividade microbiana e das minhocas, retardando, assim, o processo de compostagem. Alimentos ácidos podem diminuir o pH e a alcalinidade do meio também pode afetar a atividades dos organismos. Existem no mercado aparelhos medidores de pH do solo que são de simples uso e também medem luz e umidade, ótimos para um melhor monitoramento da composteira, do composto ou do solo.
Quando o pH estiver ácido, uma alternativa é melhorar a oxigenação e aeração nas pilhas de compostagem. Para isso, temos que promover a passagem de ar, assim basta revolver a mistura ou fazer furos nas pilhas para que o ar circule. No caso da compostagem seca, a frequência deve ser maior (duas a quatro vezes na semana) e, no caso da vermicompostagem, apenas uma vez por semana, pois as minhocas fazem túneis nas pilhas, o que promove bastante a aeração.
Corrigir o pH com calcário não é uma boa alternativa, pois pode matar as minhocas. Procure colocar folhas verdes de árvores, que são mais alcalinas. Evite colocar frutas cítricas em sua composteira, porém, se o pH estiver muito alcalino é uma ótima alternativa para elevar a acidez. Para saber quais outros alimentos não devem ir em sua composteira:
Quando bem conduzida, a compostagem não apresenta problemas relacionados ao controle de pH, além disso, o adubo possui um pH muito estabilizado, sendo ótimo para controle de solos ácidos e para qualquer tipo de planta ou cultura.
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