Os piroplásticos, também chamados de pyroplastics em inglês, fazem parte de uma subcategoria de plastiglomerados, poluentes formados a partir da mistura de plástico derretido com resíduos orgânicos e/ou inorgânicos. Eles foram encontrados pela primeira vez por pesquisadores em praias do Reino Unido e, segundo um estudo feito pela revista Science of The Total Environment, estão espalhados pelo mundo.
Entretanto, diferente dos plastiglomerados, os piroplásticos são formados apenas por plástico derretido, sem a junção de outros componentes. Além disso, eles possuem apenas uma cor neutra e superfície lisa, formada por agentes erosivos. Assim, eles são frequentemente confundidos com rochas.
Outra diferença que os caracteriza é seu peso, já que os plastiglomerados são, em sua maioria, mais densos. Por outro lado, os piroplásticos são mais leves e acabam sendo levados pelos ventos e correntes marinhas.
Os piroplásticos são formados a partir da queima de resíduos plásticos devido a fogueiras e queimadas ilegais de resíduos. Ao serem resfriados, é formado um aglomerado acinzentado de plásticos diferentes, muito semelhante a pedras comuns.
Para diferenciá-los de pedras verdadeiras, basta colocá-los na água. Por ter uma densidade baixa, os piroplásticos acabam flutuando em vez de afundar, comportamento totalmente diferente das rochas.
Assim como outros poluentes derivados do plástico, os piroplásticos podem contaminar o meio ambiente ao liberarem substâncias tóxicas, como bisfenol e oligômeros.
Além disso, sua baixa densidade e longa duração fazem eles flutuarem no mar e se tornarem potenciais reservatórios e/ou vetores de comunidades microbianas, como protozoários. Da mesma forma, piroplásticos colonizados por alguma comunidade podem encontrar efluentes que estejam contaminados com antibióticos, resultando na aquisição de genes resistentes a eles por parte da espécie colonizadora.
Desse modo, os piroplásticos podem assumir o papel de vetores de componentes químicos nocivos, patógenos e espécies invasoras. Isso pode causar prejuízos para a vida no planeta que não são totalmente previstos pela ciência.
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