Foto de Alfred Schrock na Unsplash
Plantas aquáticas, também conhecidas como hidrófitas, são plantas vasculares e não vasculares adaptadas para viver em ambientes aquáticos. Seja em rios, lagos e zonas húmidas, esses organismos são necessários para o equilíbrio do ecossistema aquático, providenciando alimentos e cobertura, criando substrato para invertebrados bentônicos e produzindo oxigênio por meio da fotossíntese às espécies de peixes, anfíbios e outros organismos desses habitats.
Em geral, as plantas aquáticas são o próprio sistema de filtragem de um corpo hídrico, ajudando a clarificar a água ao absorver nutrientes como fósforo e nitrogênio, que podem estimular a eutrofização. Canteiros de plantas estabilizam os fundos de lagos e rios e reduzem a erosão da costa ao reduzir o efeito das ondas e da corrente.
Existem quatro tipos de vegetação aquática em que as plantas podem se encaixar: submersas, parcialmente submersas (ou helófitas), flutuantes e algas.
A categoria de plantas submersas abrange todas as plantas que mantêm a maior parte de sua massa submersa e crescem abaixo da superfície da água. Essas plantas possuem raízes no substrato do corpo hídrico, mas que podem atingir a superfície de água, e folhas que ficam na superfície da água ou formam grandes “tapetes” na superfície.
Dentro do ecossistema aquático, as plantas submersas fornecem habitat e, também, alimento para peixes e espécies de invertebrados.
As helófitas são plantas enraizadas fixamente no fundo de um corpo d’água, com a maior parte de sua massa pairando pela superfície. Suas estruturas são mais rígidas e resistentes quando comparadas a outros tipos de vegetação aquática e, portanto, são os tipos de plantas aquáticas mais reconhecíveis — com a vitória-régia, sendo um dos exemplos mais famosos do grupo.
A vegetação flutuante, diferentemente dos outros tipos de plantas aquáticas, não possuem uma fixação no substrato no fundo da água. Em vez disso, possuem raízes suspensas diretamente na coluna de água, que puxa nutrientes diretamente da água para desempenhar suas funções necessárias à sobrevivência.
Um dos exemplos dessas plantas aquáticas é a alface d’água, comumente encontrada no Brasil.
As algas, por não serem vascularizadas, não são categorizadas como hidrófitas. Porém, ainda são uma espécie de planta aquática. Elas não têm um sistema radicular real, e ainda assim algumas espécies se conectam ao fundo do lago de uma forma muito semelhante às plantas, o que as torna fáceis de confundir com a vegetação submersa.
Assim como a vegetação terrestre, a vegetação aquática possui uma enorme importância na biodiversidade mundial, exercendo funções semelhantes às suas contrapartes terrestres. As plantas aquáticas fornecem uma fonte de alimento,
habitat, remoção de dióxido de carbono e produção de oxigênio por meio da fotossíntese. Elas agem como produtoras em um ecossistema, pois produzem seu próprio alimento, bem como alimento para os consumidores ou animais daquele ecossistema.
No entanto, a constante intervenção humana em ecossistemas aquáticos é uma ameaça à essa biodiversidade.
Além de impactar a fauna desses locais, a mineração subaquática, pesca e outras ações contribuem para a degradação da flora. As emissões de carbono, por exemplo, são responsáveis pela acidificação dos oceanos, um fenômeno que pode acabar com a vida marinha até o final do século.
Qualquer tipo de mudança, por menor que seja, pode modificar drasticamente o meio ambiente. As mudanças de temperatura, do clima, do nível de chuva e até do número de animais podem causar desequilíbrio ambiental. O mesmo pode ser dito sobre a alteração do pH da água dos oceanos, pois é o índice que indica o nível de alcalinidade, neutralidade ou acidez de uma solução aquosa.
Nesse caso, atitudes incisivas se tornam cada vez mais necessárias. Por parte das autoridades, leis sobre níveis de emissão e fiscalizações cada vez mais rigorosas. Por parte dos indivíduos, diminuir a pegada de carbono com pequenas medidas.
Contudo, escolhas como essas só serão plenamente possíveis caso a indústria altere suas formas de lidar com os recursos naturais.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais