Um estudo recente publicado no American Journal of Botany revelou que uma bactéria do solo, conhecida por fixar nitrogênio nas raízes de algumas plantas, desempenha um papel importante na reprodução da leguminosa nativa chamaecrista (Chamaecrista latistipula).
A pesquisa mostrou que a presença desse microrganismo aumenta a atratividade das flores para os polinizadores, como as abelhas.
O mutualismo, uma interação em que diferentes espécies se beneficiam conjuntamente, é evidenciado na relação entre a chamaecrista e bactérias fixadoras de nitrogênio.
Essas bactérias fornecem nitrogênio à planta em troca de açúcares. Além disso, a chamaecrista depende de polinizadores específicos, como mamangavas do gênero Bombus, que liberam o pólen encapsulado das flores através de vibrações.
Experimentos conduzidos no Laboratório de Interações Planta-Animal da Universidade Federal do ABC mostraram que a presença dessas bactérias em solos pobres em nutrientes é essencial para atrair as mamangavas.
Curiosamente, plantas cultivadas em solos ricos em nutrientes não apresentaram flores atrativas, sugerindo que a simbiose é particularmente vantajosa em solos menos férteis.
Plantas que cresceram em solo arenoso e pobre em nitrogênio, mas com rizóbio, cresceram quase duas vezes mais e produziram flores mais atrativas para as mamangavas. Já as plantas em solo rico em nutrientes e sem rizóbio tiveram desenvolvimento inferior, evidenciando a importância das bactérias fixadoras de nitrogênio.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais