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Pesquisadores analisam impactos das fachadas vegetadas em cidades tropicais e destacam seu potencial para tornar ambientes urbanos mais sustentáveis

Em meio ao desafio de combater o calor urbano e promover espaços mais sustentáveis, fachadas cobertas por plantas mostram-se aliadas poderosas. Um estudo conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores analisou 20 paredes em Singapura para entender como as superfícies verdes influenciam a temperatura e a biodiversidade. Os resultados indicam que essas estruturas não apenas reduzem o calor, mas também criam novos habitats para insetos, aves e outros organismos, reforçando a importância de integrar soluções baseadas na natureza aos projetos urbanos.

A pesquisa, publicada na revista Building and Environment, comparou três tipos de superfícies verticais em áreas urbanizadas: fachadas sem vegetação, paredes verdes e falésias naturais. O objetivo era compreender o impacto da vegetação em dois aspectos essenciais para a sustentabilidade das cidades: regulação térmica e suporte à biodiversidade.

Os pesquisadores observaram que as paredes cobertas por vegetação contribuem significativamente para reduzir a temperatura em seu entorno. Durante o dia, a diferença de temperatura entre as superfícies verdes e as convencionais variou entre 0,6 e 0,7 graus Celsius. Embora esse efeito possa parecer modesto, ele impacta diretamente o conforto urbano, diminuindo o consumo de energia com climatização e tornando os espaços mais agradáveis para os moradores.

A biodiversidade também se mostrou beneficiada. Enquanto paredes convencionais abrigam poucas espécies, as fachadas verdes registraram mais de cem, incluindo insetos, aranhas e pássaros. Os cientistas também compararam esses resultados com falésias naturais, percebendo que as estruturas vegetadas podem replicar, em parte, as condições encontradas nesses ambientes.

Para maximizar o potencial dessas paredes vivas, os pesquisadores alertam para a necessidade de conectá-las a uma rede mais ampla de vegetação urbana. Árvores e espaços verdes próximos funcionam como pontes ecológicas, permitindo que insetos e aves circulem livremente entre diferentes pontos da cidade. Sem esse suporte, as paredes verdes podem ter um impacto limitado na biodiversidade.

Embora o estudo tenha sido conduzido em Singapura, os cientistas acreditam que suas conclusões também são válidas para regiões de clima temperado. As espécies vegetais utilizadas podem variar conforme a localização, mas os princípios gerais de integração com o ambiente urbano permanecem. Estudos anteriores na Europa já indicavam benefícios semelhantes.

Com a crescente preocupação com o superaquecimento das cidades e a perda de biodiversidade, soluções como as paredes verdes ganham relevância. Os pesquisadores agora trabalham em uma nova fase do projeto, desenvolvendo um sistema digital para monitorar o desempenho dessas estruturas em diferentes climas e contextos urbanos. A expectativa é que esses dados possam embasar políticas e diretrizes para cidades mais verdes e resilientes.


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