Plantio Direto é um sistema de cultivo caracterizado pelo preparo e revolvimento mínimo do solo, sendo diferente do sistema convencional, em que há necessidade de aração e gradagem com intenso revolvimento do solo. No Sistema de Plantio Direto ocorre apenas a abertura de sulcos de semeadura sobre a palhada restante da cultura anterior.
O Plantio Direto é uma prática que reduz o efeito negativo das máquinas agrícolas e da própria agricultura, o que garante uma atividade mais sustentável. Ao mesmo tempo, o agricultor tem custos menores de produção, motivo pelo qual esse método já é muito utilizado no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Projeto Soja Brasil, o país tem a maior área com Plantio Direto em todo o mundo.
As técnicas do Sistema de Plantio Direto são ausência ou mínimo revolvimento solo, cobertura com palhada e rotatividade de culturas. Saiba mais sobre cada uma delas:
Não remexer ou mexer minimamente no solo é a base do Plantio Direto. Diferente do procedimento tradicional, o solo só é manuseado no Plantio Direto durante o plantio. O agricultor abre um sulco com uma semeadora especial e deposita as sementes. Depois disso, inexiste qualquer tipo de manipulação do terreno. A partir desse momento, o foco é direcionado ao controle de ervas daninhas pelo manejo integrado de pragas, doenças e plantas infestantes.
Plantas infestantes colonizam e dominam o estágio inicial de uma sucessão vegetal em uma terra perturbada por ações antrópicas.
Palhada é a matéria orgânica formada pelos restos da planta colhida. A máquina colhedora retira a planta da terra e separa os grãos. Os galhos, folhas e raízes são triturados e pulverizados de volta ao solo. O processo todo ocorre simultaneamente. Os benefícios da cobertura com palhada são:
A rotação de culturas é a alternância planejada de espécies em uma mesma área de cultivo. Sendo assim, há um período mínimo sem o cultivo da mesma espécie. Essa é uma forma eficiente de reduzir os impactos ambientais provocados pela monocultura, melhorando as condições físico-químicas e biológicas do solo a longo prazo. Além disso, a rotação de culturas reduz a incidência de doenças, plantas daninhas e pragas.
Existem grandes diferenças no manejo do solo entre o Plantio Direto e o Plantio Convencional, mas a principal delas é o revolvimento da terra. No Sistema Convencional, o solo é exposto até que a cultura seja plantada. Confira o passo a passo do que ocorre em cada método e entenda as diferenças.
Esse preparo convencional do solo consiste no revolvimento do solo em suas camadas superficiais com os seguintes objetivos:
Por outro lado, essas ações acabam dispersando os materiais que contém nutrientes necessários para a planta. Essas substâncias são levadas pelo vento e pelas chuvas, além de deixar o solo exposto a agentes erosivos.
Dessa maneira, o Plantio Direto, dispensa etapas de preparo convencional de aração e gradagem. Além disso, o solo estará sempre coberto por restos vegetais de outras culturas, que protegem e nutrem a terra.
O Plantio Direto possui vantagens bem evidentes, como:
Essas vantagens se devem ao fato do solo ser mantido sem revolvimento, o que garante um nível menor de oxidação da matéria orgânica. Isso significa que ele mantém seus nutrientes e fica livre de contaminações. A palha e os restos de materiais também isolam a superfície, o que evita oscilações altas de temperatura durante o dia.
Além disso, outro benefício gerado pelo Plantio Direto é a flexibilidade, já que o plantio pode ocorrer logo depois da colheita. Em métodos tradicionais, é preciso esperar pelo menos três meses. É importante destacar que dados da Embrapa, divulgados pelo Projeto Soja Brasil, apontam que a produtividade aumenta 30% com o Plantio Direto se comparada aos métodos tradicionais.
As principais desvantagens do Plantio Direto são a necessidade de ter um conhecimento técnico maior, o controle de ervas daninhas e problemas na compactação do solo. Pode-se citar também:
O Plantio Direto vem sendo testado em lavouras diferenciadas como a do café, mas o mais comum é estar relacionado a cereais, como soja, milho e trigo. No entanto, a Embrapa indica que o ideal é adotar espécies com mais adaptação à sua região.
Parte significativa e das culturas adotadas no Plantio Direto são espécies forrageiras. Elas fornecem raízes e palha e agregam valor por também poderem ser utilizadas para a produção de leite e carne.
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