Polos de resiliência: o que são e exemplos

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Os polos de resiliência são estabelecimentos que servem comunidades com suporte e recursos e buscam reduzir as emissões de carbono enquanto melhoram a qualidade de vida da sociedade ao seu redor. Essas instalações oferecem aos governos locais meios de dar apoio para populações vulneráveis, antes, durante e depois de desastres – sejam eles naturais ou não. 

O intuito dos polos de resiliência é que eles sejam coordenados pela comunidade local, e que o governo e organizações não governamentais ofereçam apenas suporte. Sendo assim, em comunhão, as pessoas devem criar polos que fornecem alimentos, água potável, acesso à internet e energia para a população da cidade. 

Assim se cria um espaço de “resiliência”, em que a comunidade pode se reunir para se proteger de possíveis acidentes e desastres ou para ter um convívio diário de compartilhar recursos. Além disso, é essencial que esses polos de resiliência estejam conectados e prestem suporte a outros polos da região, em cidades ou distritos regionais.

Ao todo, existem cinco áreas fundamentais para a construção de um polo de resiliência:

  • Garantir energia; 
  • Coordenar comunicações;
  • Fornecer instalações confiáveis;
  • Gerir operações dos polos;
  • Oferecer serviços e programas valiosos;
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Quais iniciativas devem ser tomadas pelos polos de resiliência? 

As principais ações que devem ser aplicadas pelos polos de resiliência são: 

  • Geminação com outras cidades para prestar apoio e orientação sobre temas específicos de redução de desastres, ação climática e resiliência;
  • Prestar assistência técnica e apoiar o desenvolvimento de instalações para reforçar a conscientização sobre resiliência climática e catástrofes;
  • Tornar-se um centro de recursos para a resiliência urbana;
  • Oferecer financiamento inicial ou prestar apoio à execução de polos de resiliência em outros municípios;
  • Proporcionar o acesso a parceiros que possam ajudar as cidades ao redor a progredir;
  • Acolher eventos internacionais ou nacionais que promovam a redução de danos de catástrofes subnacionais, a ação climática e o desenvolvimento da resiliência;

Por fim, é importante que essas comunidades tenham os recursos necessários para o suporte das populações mais fragilizadas — pessoas não-brancas, pobres, indígenas e pessoas em situação de rua — em momentos de dificuldade. Por exemplo: oferecendo moradias temporárias para aqueles que perderam suas casas em deslizamentos e teto para se proteger em dias muito quentes ou frios. 

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Como montar um polo de resiliência?

É preciso estar alinhado com as metas de desenvolvimento da Agenda 2030 para iniciar um polo de resiliência em sua região, e contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento e Sustentabilidade (ODS) da Organização das Nações Unidas. A participação do governo local como um investidor e apoiador da ideia é importantíssima para a manutenção de recursos essenciais dos polos.

Empresas privadas que tiverem o interesse em patrocinar o projeto também são bem-vindas, desde que estejam de acordo com as metas de desenvolvimento citadas acima. Para que o seu polo de resiliência faça parte do mapa de resiliência do projeto “Making Cities Resilient 2030”  (MCR 2030 sigla em português para  “Construindo Cidades Resilientes 2030”) será necessário:

  • Ser capaz de demonstrar boas práticas e abordagens inovadoras em resiliência e ação climática;
  • Ter financiado com êxito pelo menos uma iniciativa decorrente relacionada a resiliência;
  • Demonstrar capacidade para gerar, utilizar e/ou divulgar ferramentas de redução de danos de catástrofes e de resiliência climática;
  • Promover o intercâmbio de conhecimentos entre cidades e entre participantes; 
  • Estar empenhado em apoiar outros governos locais da MCR2030.

A MCR 2030 é uma iniciativa que visa o compartilhamento de conhecimentos e experiências entre cidades, estabelecimento de redes de aprendizagem mútua, articulação entre várias camadas do governo e construção de parcerias por meio de um roteiro de resiliência único. De maneira simples, o projeto visa apoiar diferentes localizações na busca pela redução de danos de catástrofes e alterações climáticas. 

Para saber mais sobre a iniciativa, confira o link: http://mcr2030.undrr.org.

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Exemplos de polos de resiliência

Os locais de polos de resiliência mais comuns são bibliotecas, igrejas, escolas, comércios locais e organizações sem fins lucrativos. É possível encontrar esses estabelecimentos em países como o Japão (Tóquio), Estados Unidos (Phoenix) e Rússia (Yakutsk). O primeiro Centro de Resiliência no Brasil é a cidade de Campinas, no interior do estado de São Paulo.

Ana Nóbrega

Jornalista ambiental, praticante de liberdade alimentar e defensora da parentalidade positiva. Jovem paraense se aventurando na floresta de cimento de São Paulo.

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