Segundo relatório da AEA, poluentes podem causar doenças graves como câncer de pulmão
Em algumas regiões da União Europeia, a alta poluição do ar está causando diminuição da expectativa de vida de seus habitantes, segundo dados da Agência Europeia do Ambiente (AEA) coletados ao longo de quase dois anos de pesquisa. Com as informações divulgadas no relatório, o problema da poluição do ar na Europa fica ainda mais evidente, aumentando a pressão para que o bloco reduza suas emissões.
Apesar da legislação adotada ter conseguido algum sucesso na redução de poluentes emitidos por escapamentos de automóveis e chaminés, ainda foram detectados altos níveis de partículas microscópicas, mais conhecidas como material particulado, que podem causar doenças como câncer de pulmão e problemas cardiovasculares.
Segundo o relatório, o efeito da poluição sobre a região afetada reduz em até oito meses o tempo de vida dos residentes. Áreas industriais do leste europeu, como a Polônia, possuíam altos índices de material particulado, e Londres é a capital com o ar mais poluído da União Europeia, sendo a única a exceder os limites diários da UE para emissão de poluentes.
Para o departamento de Meio Ambiente da UE, o bloco precisa de uma revisão das leis de qualidade do ar, além de impor limites para que se aproximem dos níveis de poluição exigidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os altos índices de material particulado não afetam apenas a saúde dos europeus, mas também o bolso. Segundo a AEA, os gastos em cuidados com saúde e impactos ambientais somaram 1 trilhão de euros.
Origem
Os poluentes que causam as emissões desse material são fumaças de carros, de indústrias e de combustíveis domésticos. Essas fumaças passam por reações químicas quando lançadas no ar. Após isso, entram em contato com a água e solo, podendo afetar a produção agrícola.
O material particulado é, nos dias atuais, o maior problema da poluição do ar na Europa. O relatório afirma que 21% da população urbana foi exposta a esse poluente em níveis acima do seguro.
Como alternativas para redução da emissão desse material, a utilização de combustíveis limpos e a diminuição do uso de automóveis nas grandes de cidades reduzo a pegada de carbono de seus habitantes, aumentando a expectativa de vida.