A poluição luminosa do LED deriva do uso contínuo dessas luzes em centros urbanos e outros locais ao ar livre.
Ao longo do tempo, as luzes de sódio foram sendo substituídas por lâmpadas de LED na iluminação de áreas externas em prédios e ruas. E, embora sejam mais eficientes em termos energéticos e mais baratas do que outras lâmpadas convencionais, especialistas acreditam que sua poluição luminosa pode gerar impactos biológicos substanciais ao redor do mundo.
LED é um acrônimo derivado do inglês para light emitting diode, que pode ser traduzido para diodo emissor de luz. Essas lâmpadas podem produzir uma luz até 90% mais eficiente do que as lâmpadas incandescentes. Desse modo, tornou-se um padrão ao redor do mundo para a iluminação de cidades.
Por sua eficiência energética, essa luz foi considerada uma alternativa mais eco-friendly que lâmpadas incandescentes. Entretanto, pesquisas apontam que a poluição luminosa do LED pode oferecer mais riscos do que era acreditado anteriormente.
Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Exeter identificou as mudanças na iluminação de ambientes externos ao redor da Europa para essas lâmpadas. Através de imagens produzidas pela Estação Espacial Internacional, os especialistas conseguiram analisar que as emissões de poluição luminosa de luzes alaranjadas de sódio foram amplamente substituídas por emissões de luzes brancas características do uso do LED.
De acordo com os pesquisadores, as lâmpadas de LED estão associadas a um aumento de radiação de luz azul, que causa “impactos biológicos substanciais”. E, além disso, também confirmam que pesquisas anteriores subestimaram os impactos desse fenômeno.
A luz azul é um fenômeno conhecido através do mundo como derivado de tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos. Contudo, a exposição a outros tipos de luzes de LED também é responsável pela incidência de seus efeitos na saúde.
Diversas pesquisas já comprovaram que a luz azul pode suprimir a produção de melatonina, o hormônio responsável pela regulação dos padrões de sono em humanos e outros organismos. Portanto, uma maior exposição pode piorar os hábitos de sono das pessoas, ocasionando condições de saúde severas.
Por outro lado, a poluição luminosa do LED derivada da luz azul também pode impactar seres vivos de outra forma, o que contribui para os impactos ambientais dessa iluminação.
O estudo também evidenciou o possível impacto do aumento da radiação de luz azul em outras formas de vida. Especialistas confirmam que a poluição luminosa do LED e de outras fontes de luz tem um efeito negativo em algumas espécies de animais.
A luz azul pode alterar os padrões comportamentais de animais como morcegos e mariposas, ocasionando uma mudança de movimentos em direção às fontes de luz ou para longe das mesmas. Além disso, a população de invertebrados também diminuiu consideravelmente por conta dessa forma de poluição, uma vez que alguns insetos ativamente habitam locais iluminados por luzes LED.
Os resultados da pesquisa sobre os perigos da poluição luminosa do LED podem alertar alguns consumidores. Porém, os efeitos ambientais dessas luzes são associados apenas aos ambientes externos.
O consumo de luzes de LED para iluminação interna cresceu tanto quanto o seu uso na iluminação externa. Tendências no TikTok e outras mídias sociais impulsionaram o uso das “luzinhas” como uma alternativa de luz ambiente.
Embora seja importante notar que os efeitos da luz azul à saúde ainda são válidos para o uso interno de lâmpadas de LED, a poluição luminosa é um fenômeno estritamente externo e influenciado pela iluminação de locais públicos, como o telões de prédios ou lâmpadas de rua.
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