A poluição por amônia é um tipo de poluição causado pelas emissões de amônia na atmosfera, que podem ser decorrentes de fatores naturais ou antrópicos. Entre as principais fontes emissoras de amônia estão a volatização das fezes dos animais, a queima de biomassa, as perdas do solo sob vegetação nativa, a fertilização dos solos para cultivo agrícola, as emissões de excrementos humanos e a combustão de combustíveis fósseis.
A fonte antrópica primária de poluição do ar por amônia nas cidades são os processos de combustão, como a incineração de resíduos e o uso de motores de combustão interna.
Estudos recentes indicaram que as emissões de amônia foram aumentando ao longo das últimas décadas em escala global. Existe uma preocupação relativa a esse aumento porque a amônia desempenha um papel significativo na formação do material particulado fino, na diminuição da visibilidade e na deposição atmosférica do nitrogênio em ecossistemas sensíveis.
Além disso, outras pesquisas mostraram que a contribuição dos veículos para as fontes de amônia não provenientes de atividades agropecuárias foi negligenciada até 1995 e que as concentrações desse gás nas áreas urbanas têm crescido significativamente. Por isso, pode-se dizer que os veículos são a principal fonte de amônia nos grandes centros urbanos.
A amônia (NH3) é um gás incolor, formado por um átomo de nitrogênio e três átomos de hidrogênio. Ela está presente naturalmente no meio ambiente e em organismos, mas também é produzida artificialmente e utilizada na composição de fertilizantes e de produtos de limpeza. Uma vez no ambiente, essa substância pode gerar impactos ambientais, como morte de peixes e eutrofização, e à saúde humana como irritação na pele, nos olhos e na garganta.
Artificialmente, a amônia é produzida por meio da Síntese de Haber-Bosch – processo desenvolvido em 1990 pelos cientistas Carl Bosch e Fritz Haber. De modo geral, ele consiste na ativação de átomos de hidrogênio e de nitrogênio a partir de um catalisador, o ósmio.
Com a Síntese de Haber-Bosch, a amônia passou a ser introduzida na composição de produtos de limpeza e na produção de fertilizantes de nitrogênio. A fabricação de fertilizantes para a produção agropecuária representa a maior fonte de amônia. Essa substância também pode ser utilizada na produção de plástico, borracha e ácido nítrico. Além disso, a amônia é uma opção para a substituição do uso de gases CFCs para a refrigeração em indústrias.
A amônia pode participar de diversas reações prejudiciais ao meio ambiente. A oxidação da amônia, por exemplo, contribui para a produção de gases do efeito estufa e para a lixiviação de nutrientes nos ecossistemas.
Além disso, altas concentrações de amônia em ambientes aquáticos podem provocar morte e problemas de desenvolvimento em peixes. Em espécies de plantas, a alta taxa nutritiva de solos com a presença de amônia pode levar ao processo de eutrofização, que gera um aumento na quantidade de algas nos corpos hídricos e a redução da fotossíntese.
Outro problema da presença desse componente no ambiente se dá por conta do seu caráter alcalino. Com isso, as moléculas de amônia reagem com componentes de caráter ácido, como o dióxido de enxofre (SO2), e formam aerossóis atmosféricos. Esses aerossóis contribuem para a poluição atmosférica e prejudicam a qualidade do ar. Um exemplo são os materiais particulados, como o MP2.5, que contribuem para o fenômeno da chuva ácida.
O contato excessivo com a amônia pode gerar problemas para a saúde. Sintomas como irritação ou queimação na pele, nos olhos e na garganta; ou problemas pulmonares são alguns dos riscos que trabalhadores que são expostos a essa substância podem sofrer. Uma forma de minimizar os riscos à saúde é o uso de equipamentos de proteção pessoal ou individual. O último é o mais efetivo, já que atua com medidas preventivas anteriores ao contato com o trabalhador.
Além disso, a amônia é considerada perigosa quando atinge concentrações acima de 25 ppm e pode causar dores de cabeça e náuseas. Ela também pode ser nociva às mucosas, provocando irritação e danos ao trato respiratório.
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