A poluição sonora é um dos maiores problemas ambientais que ocorre quando emitidos sons em grande volume nos grandes centros urbanos, sendo menos frequente em regiões mais afastadas. Ela ocorre quando o som altera a condição normal de audição em um determinado ambiente, trazendo o excesso de ruídos e podendo causar danos à saúde humana e dos animais.
Embora não se acumule no meio ambiente como outros tipos de poluição, causa vários danos ao corpo, podendo afetar a saúde e a qualidade de vida das pessoas e da fauna. Por isso, é considerada um problema de saúde pública mundial.
O som é a sensação auditiva que o ouvido humano é capaz de detectar, sendo definido como a compressão mecânica ou onda mecânica que se propaga em algum meio. Sons de qualquer natureza podem se tornar prejudiciais à saúde quando emitidos em grande volume, ou seja, elevada intensidade. O termo “ruído”, nesse contexto, é um barulho, som ou poluição sonora não desejada que pode prejudicar a percepção de um sinal ou gerar desconforto.
O ruído sonoro é um som que prejudica a comunicação, constituído por um número alto de vibrações acústicas com uma amplitude e fase muito alta, elevando sua pressão sonora, o que é bastante prejudicial aos seres vivos. A nocividade da emissão de ruídos está relacionada a essa pressão sonora, sua direção, tempo de exposição e a suscetibilidade individual, em que cada pessoa possui uma sensibilidade a sons intensos.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nível de ruídos de 50 dB (decibéis) já prejudica a comunicação e, a partir de 55 dB, pode causar estresse e outros efeitos negativos. Ao alcançar 75 dB, a poluição sonora apresenta risco de perda auditiva se o indivíduo for exposto a ela por períodos de até oito horas diárias.
Outros efeitos negativos que a poluição sonora pode oferecer aos seres humanos são:
A tabela abaixo resume os tipos de efeito: | |
---|---|
Nível sonoro | Efeitos |
≥30 dB(A) | Reações psíquicas |
≥65 dB(A) | Reações fisiológicas |
≥85 dB(A) | Trauma auditivo |
≥120 dB(A) | Lesões irreversíveis no sistema auditivo |
No ecossistema, a poluição sonora provoca o afastamento de animais, prejudica a reprodução e pode até ser fatal. Os ruídos afastam e até matam aves, diminuindo sua população local e, como consequência, desequilibrando o ecossistema e provocando o aumento da população de insetos na ausência de seus predadores.
Um estudo mostrou que a poluição sonora das cidades afeta o comportamento dos pássaros polinizadores, e isso prejudica a dispersão de sementes, inviabilizando a existência de espécies vegetais.
As leis de diversos países impõem restrições sobre a intensidade sonora, cujos picos de ruído podem depender das horas do dia. Medidas particulares podem ser tomadas: limitar a extensão do volume sonoro causado por ocasião de um show público, por exemplo. Ou proibir o uso de fogos de artifício barulhentos.
No Brasil, de acordo com o Projeto de Lei 3169/19, a perturbação da qualidade ambiental através da poluição sonora é considerada crime ambiental.
Existe uma vasta diversidade de fontes de poluição sonora, como bares, casas noturnas, aeroportos, indústrias, veículos automotores, eletrodomésticos, ambientes de trabalho, entre outros. Abaixo estão alguns exemplos aproximados dos níveis de ruídos comuns em grandes centros urbanos, em decibéis:
Na maioria das vezes, o controle da poluição sonora só pode ser feito para ruídos em níveis considerados normais e que não causam maiores efeitos na saúde humana. No entanto, é possível evitar a exposição a ruídos maiores. Algumas dicas para não sofrer com os efeitos nocivos da poluição sonora são:
Caso você conviva com essa poluição diariamente, procure seu otorrinolaringologista. Você poderá realizar um exame de audição a fim de detectar alguma perda ou anormalidade auditiva e assim receber as orientações que o profissional dispõe sobre um possível tratamento.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais