Você já se perguntou por que o céu é azul? A resposta parece simples: a luz do Sol chega na atmosfera terrestre e se dispersa através dos gases e partículas que estão no ar. A luz azul, presente nas ondas de luz solar, têm o menor comprimento de onda, e por isso se espalham mais rápido no céu. Logo, esse é o motivo pelo qual o céu é azul.
Mas essa explicação ainda tem alguns furos que precisam ser explicados, para o melhor entendimento do porquê o céu é azul.
A luz branca emitida pelo Sol é, na verdade, composta por todas as cores do arco-íris. Mas, como explicado pela física, quando essa luz é direcionada a um prisma, ela se separa em diversas outras cores, sendo uma delas a cor azul.
A mesma coisa acontece na atmosfera com a cor do céu, em um evento chamado dispersão de Rayleigh. Nomeado em homenagem ao inventor John William Strutt, esse fenômeno físico acontece quando a luz do Sol atravessa a atmosfera de um planeta. Ela se divide em cores diferentes e se dispersa no céu devido ao contato com com as pequenas moléculas de ar (como o oxigênio e o nitrogênio).
Para definir qual cor vai ser dispersada com maior intensidade, é preciso levar em conta todos os comprimentos de onda. Uma luz com maior comprimento de onda tem dificuldade de ser dispersada pelas partículas, enquanto as de menores tamanhos são facilmente espalhadas.
A luz azul é a segunda luz com menor comprimento de onda, na frente apenas do roxo, por isso, ela é a que se sobressai no céu. Mas se ela não é a menor, por que o céu é azul e não roxo? Porque o olho humano tem maior facilidade de enxergar o azul, sem contar que a luz roxa se dispersa muito mais rápido que a azul.
Agora que você sabe que vemos o céu azul porque as partículas presentes na atmosfera dispersam a luz, está na hora de entender como funciona a dispersão de cores durante o dia.
Pela manhã e no meio da tarde, o céu fica em um tom de azul claro, esses são os horários onde a luz azul é mais dispersada na atmosfera. Durante o almoço, entre as 11 da manhã e as duas da tarde, o Sol fica tão forte que o céu chega a um tom quase branco — devido à distância curta entre o astro-rei e a Terra.
No fim do dia, quando acontece o pôr do sol, a estrela já se encontra distante da atmosfera terrestre e a luz azul some e é substituída por tons vermelhos e alaranjados. Isso acontece porque a luz vermelha tem o maior comprimento de onda entre todas as cores, logo, demora mais tempo para se dispersar.
Esse fator depende totalmente da atmosfera que o planeta tiver e de quais partículas serão encontradas ali. Um exemplo é o céu de Marte, que tem um tom amarelo acinzentado devido à baixa densidade de moléculas de ar e à poeira suspensa durante o dia. Como resultado dessas características, a curta onda da luz azul é absorvida, e o céu marciano apresenta uma aparência diferente.
Cada cor se dispersa de maneira diferente em atmosferas divergentes, por isso, não se pode dizer que todos os planetas têm o céu azul. Eles podem apresentar uma tonalidade de azul em certo momento do dia, mas não necessariamente se assemelham à atmosfera terrestre.
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