Os termos preservação e conservação ambiental têm significados diferentes, embora sejam frequentemente utilizados como sinônimos.
A preservação está relacionada com a ação de proteger um ecossistema ou um recurso natural de dano ou degradação. Ou seja, não utilizá-lo, mesmo que racionalmente e de modo planejado.
Por sua vez, a conservação ambiental está relacionada com o uso racional e sustentável dos recursos naturais. Assim, garantindo sua existência para as gerações futuras.
Assim, surgiu a diferença entre preservação e conservação ambiental.
O termo “preservação do meio ambiente” refere-se à proteção integral de uma área natural, sem interferência humana. Ela se faz necessária quando há risco de perda de biodiversidade, seja de uma espécie, um ecossistema ou de um bioma como um todo.
A palavra “preservação” surgiu a partir de uma corrente ideológica chamada de preservacionismo. Essa que aborda a proteção da natureza independente de seu valor econômico ou utilitário. E, também, apontando o ser humano como o causador da quebra desse “equilíbrio”.
De caráter protetor, propõe a criação de santuários de natureza intocável. Sendo assim, sem sofrer interferências relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação.
As Áreas de Preservação Permanente (APPs) podem ser entendidas como um exemplo de unidade de preservação do meio ambiente. Uma vez que possuem a finalidade de preservar os recursos naturais.
Por definição, elas são “áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”, de acordo com o Novo Código Florestal.
As APPs buscam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um “meio ambiente ecologicamente equilibrado”. Conforme previsto no artigo 225° da Constituição da República Federativa do Brasil.
A conservação ambiental é uma das correntes ideológicas mais discutidas na esfera científica. Ela pode ser caracterizada como um conjunto de ações que buscam o uso racional e sustentável dos recursos naturais. De maneira a obter alta qualidade de vida humana causando o menor impacto possível ao meio ambiente.
A preocupação com o meio ambiente surgiu na metade do século XIX, sobretudo por causa das mudanças provocadas pela Revolução Industrial. Nesse cenário, pensadores criam uma corrente ideológica chamada de conservacionismo, que contempla o amor à natureza. Mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela espécie humana.
O pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas. Podendo ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo, ele também se fundamenta nas políticas de desenvolvimento sustentável. Elas buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida. Mas, que ao mesmo tempo, não destrua os recursos necessários às gerações futuras.
As Unidades de Conservação (UC’s) podem ser consideradas como um exemplo de conservação. Visto que estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas naturais.
Por definição, elas são “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei”, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), estabelecido pela Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000.
Elas possuem a função de assegurar a representatividade de porções significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente.
Os conceitos de “preservação” e “conservação” estão intimamente relacionados ao de desenvolvimento sustentável. Este que busca garantir que o progresso econômico e as necessidades da atual geração não impliquem no esgotamento dos recursos naturais necessários para a sobrevivência das futuras gerações.
Por isso, preservar e conservar o meio ambiente são ações necessárias para que as próximas gerações contem com recursos para a sua manutenção e subsistência. No entanto, elas devem ser feitas de forma inteligente, já que mesmo áreas protegidas podem sofrer efeito de borda e serem eliminadas.
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