O primeiro corredor de eletropostos do Brasil, que ligará Campinas a São Paulo, será inaugurado pela CPFL Energia na primeira semana de novembro.
Até 2018, a empresa de distribuição de energia promete mais 25 pontos de recarga de carros elétricos públicos (em ruas) e semi-privados (dentro de shoppings, por exemplo).
O primeiro equipamento fica no posto da rede Graal do km 67 da rodovia Anhanguera. O segundo, ainda sem previsão de início de funcionamento, será no posto do km 56 da rodovia Bandeirantes, também da rede Graal.
A energia elétrica fornecida para reabastecer baterias de carros elétricos e híbridos do tipo plug-in será gratuita. A concessionária vai ficar responsável pela instalação da infraestrutura dos pontos de abastecimento, estimada em cerca de R$ 50 mil por unidade. A rede de postos assumirá os custos gerados a partir do consumo de energia. Quem quiser reabastecer o veículo, precisará fazer um cadastro junto ao Graal.
Quando começar a pagar pela energia, o consumidor também terá acesso a softwares para interagir com a infraestrutura energética.
“Nele, o usuário será informado sobre a disponibilidade, a distância do eletroposto mais próximo, o tipo de carga (rápida ou lenta) e se está ocupada ou não. Também haverá informações sobre a forma de pagamento, as bandeiras de cartões aceitas e avaliação de outros usuários”, afirmou à Folha Guilherme Moreira, diretor da Ekatu do Brasil, uma das empresas que desenvolvem esses programas.
Segundo dados levantados pelo Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL Energia, automóveis que rodam a partir da combustão têm um gasto aproximado de R$ 0,19 por quilômetro rodado. Nos veículos elétricos, esse valor baixa para quase um quarto: apenas R$ 0,05.
Por ora, os equipamentos permitirão a recarga de veículos com o plugue tipo 2, caso dos modelos da Renault, da BYD e da BMW – a única marca que vende modelos elétricos no país em 2015.
Dois estímulos fiscais em tramitação devem estimular a indústria não só a importar mais modelos, mas também a produzir esse tipo de veículo no país.
Na quinta-feira, 22 de outubro, o Comitê Executivo de Gestão da Camex (Câmara de Comércio Exterior, órgão subordinado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) aprovou uma proposta de resolução que inclui carros elétricos e movidos a células de combustível na lista de exceções à tarifação externa.
Tal medida significa uma redução da alíquota de importação, de 35%, para patamares ainda não definidos pela Camex. O benefício já existe, mas é reservado aos híbridos convencionais – na prática, favorece o Toyota Prius e o Lexus CT 200h (saiba mais aqui).
Já o projeto de lei 174/2014 da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado Federal, aprovado na terça-feira (20), pretende viabilizar a produção de veículos “verdes” no Brasil.
A proposta isenta elétricos e híbridos de pagar IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) por dez anos.
Contudo, há uma exigência fundamental: têm de ser movidos a etanol (quando híbridos) e nacionais.
Fonte: EcoD
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