Uma pesquisa recente revelou que a produção de veículos elétricos gera uma pegada de carbono superior à fabricação de automóveis movidos a gasolina. No entanto, os VEs demonstram vantagens significativas a longo prazo.
Segundo um novo relatório, a produção de veículos elétricos (VEs) gera mais dióxido de carbono do que a fabricação de carros a gasolina. Entretanto, os VEs superam essa diferença de emissões em um período relativamente curto.
De acordo com uma análise divulgada na segunda-feira pela Bloomberg New Energy Finance, um VE médio produzido nos EUA em 2023 compensará essa lacuna em cerca de 2,2 anos ou 40.000 quilômetros. Após esse período, os veículos elétricos emitem significativamente menos CO2 do que os veículos de combustão interna, especialmente considerando a durabilidade típica de um carro em serviço. O estudo ressaltou que essa vantagem tende a aumentar à medida que a geração elétrica se torna mais limpa.
“Assim como qualquer veículo, é importante lembrar que eles permanecerão em circulação por cerca de 10 anos”, destacou Corey Cantor, associado sênior da BNEF e coautor do estudo.
Em outros países, o período de equilíbrio é mais longo – quatro anos no Reino Unido, 5,1 anos na Alemanha, 5,6 anos no Japão e 9,6 anos na China. No entanto, prevê-se que até 2030, esses tempos se reduzam significativamente – para dois anos no Reino Unido, 2,1 anos na Alemanha, 3,1 anos no Japão e 4,6 anos na China.
A pesquisa aborda uma das principais críticas aos veículos elétricos – a quantidade de poluição gerada pela cadeia de suprimentos das baterias, atualmente concentrada na China.
Embora o período de retorno seja ligeiramente superior ao calculado anteriormente pela BNEF para as emissões dos VEs, isso se deve em parte a mudanças na metodologia. A nova versão do estudo considera baterias maiores, comuns nos EUA, e assume que a produção das baterias ocorre na China e não nos Estados Unidos.
Prevê-se que as emissões provenientes da produção de baterias diminuam à medida que a Lei de Redução da Inflação incentiva as empresas a transferir a produção para os Estados Unidos. A legislação também prevê incentivos para tornar o setor de geração elétrica mais limpo.
Fonte: Scientific American
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