Desde a sua inauguração, em novembro de 2014, o Programa Arboretum de Conservação e Restauração da Diversidade Florestal, uma das maiores iniciativas para a restauração da mata atlântica no Sul da Bahia, criou uma rede de restauração florestal com fundamentos socioambientais e respeito à diversidade. A proposta é distribuir sementes de espécies nativas do bioma, e realizar o plantio, promovendo também a geração de renda para os proprietários rurais.
Viabilizado por meio de ação do Núcleo Mata Atlântica do Ministério Público do Estado da Bahia de adequação ambiental de mais de mil imóveis rurais, e coordenado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), órgão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o principal objetivo do Arboretum é atuar nos diversos elos da cadeia de restauração florestal, desde a estruturação de núcleos de coleta de sementes e produção de mudas, em comunidades rurais e aldeias indígenas, até o monitoramento do plantio.
Existem atualmente quatro núcleos comunitários de produção de mudas e três núcleos de coleta, com 14 coletores ativos de sementes, formando redes regionais de sementes e mudas florestais, envolvendo não apenas o extremo sul da Bahia, como o norte do Espírito Santo.
O programa, cuja base funciona em Teixeira de Freitas (BA), iniciou esse ano o diagnóstico nas comunidades rurais para ampliação dos núcleos já existentes, e criação dos núcleos de plantio e do Arboreto, que visa a conservação genética de populações de espécies ameaçadas e se constituirá numa rede de áreas plantadas, útil também para estudos silviculturais. Essa ação vem contando com o apoio do coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Gustavo Martinelli, e do professor Paulo Kageyama.
Os núcleos de plantio estão sendo constituídos por modelos agroecológicos de restauração, adequados à agricultura familiar. O desenvolvimento dos modelos foi realizado em parceria com as equipes do SFB, do Núcleo de Apoio às Atividades de Cultura e Extensão em Educação e Conservação Ambiental (Nacepteca/Esalq-USP) e da Embrapa Tabuleiros Costeiros.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
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