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Vahan Agopyan conta que o Programa Cidades Eficientes, que conta com a participação da USP, surgiu com o intuito de reunir setores empresariais, poder público e academia para incentivar o uso racional dos recursos.

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O Programa Cidades Eficientes, do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, busca organizar contas e recursos públicos, a capacitação técnica de agentes e a formulação de políticas públicas para a eficiência energética. A iniciativa tem apoiado municípios interessados em implementar essas medidas em edificações públicas e estruturar políticas climáticas voltadas ao ambiente das cidades. 

Vahan Agopyan, professor titular de Materiais e Componentes de Construção Civil da Escola Politécnica, ex-reitor da USP e presidente do Conselho Deliberativo do CBCS, conta os detalhes desse projeto ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição. Agopyan explica que a preocupação com sustentabilidade na indústria da construção civil é algo recente. “Nós somos a indústria que consome mais matéria-prima no mundo e somos também geradores de grandes volumes de resíduos, então a construção civil ficou interessada em minimizar esses efeitos”, afirma.

Sobre o Cidades Eficientes, Agopyan conta que o projeto teve início em 2018, com a intenção de alertar as Prefeituras sobre a importância de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, aumentar a eficiência energética e usar recursos hídricos de maneira racional. “Tivemos o apoio da Prefeitura de Florianópolis, interessada em ter o perfil de uma cidade sustentável”, diz. A partir desse interesse, foi possível criar um plano de ação específico e direcionado à realidade daquela Prefeitura. O próximo desafio é fazer o mesmo com a Prefeitura do Rio de Janeiro. Através de workshops e treinamentos, o projeto também busca divulgar essas iniciativas aos gestores municipais.

CBCS e Universidade

O professor conta que o CBCS surgiu após a iniciativa de reunir lideranças empresariais e o poder público. “O conselho é um facilitador, um estimulador das ideias de sustentabilidade. Todas as atividades são feitas em conjunto com institutos de pesquisa, universidades e empresas.”

Assim, a união entre organizações e universidades como a USP foi um aspecto central da criação do conselho. “A nossa maior preocupação era não ser mais uma entidade científica, mas sim uma entidade de congregar todos os envolvidos nisso”, afirma. “A ideia é todos os atores estarem presentes, sentirem-se partícipes e as propostas serem reais e conjugadas com as atividades que serão feitas.”

Além da USP, o projeto também conta, por exemplo, com o envolvimento do Sistema de Informação do Desempenho Ambiental da Construção e com uma cooperação técnica com o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Este texto foi originalmente publicado por Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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