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Iniciativa integra o movimento Cidades+B, que estabelece parcerias entre Empresas B, terceiro setor, academia, poder público, movimentos de base e iniciativa privada

Lançado em janeiro passado, o SP+B, um movimento global para acelerar o desenvolvimento sustentável e engajar o setor privado nos desafios de grandes cidades mundiais relacionados aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU -, anuncia no próximo dia 8/11, em evento no Sesc Campo Limpo, 12 propostas de projetos a serem impulsionadas pelo programa até o fim de 2024. O programa SP+B foi correalizado pelas empresas CAUSE, Labora e UP Lab, e é encabeçado pelo Sistema B – um movimento global de pessoas que usam os negócios para a construção de uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa para as pessoas e para o planeta.

Mais de 100 organizações e 250 pessoas se engajaram nos debates, identificaram o que consideram como problemas prioritários de São Paulo e propuseram suas respectivas soluções e planos de trabalho para implementação. Todos os projetos estão alinhados aos ODS, estabelecidos pela ONU em sua Agenda 2030.

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Item 12 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) foca na sustentabilidade da produção e do consumo
SP + B: Transformando Paraisópolis em um polo de impacto positivo

O SP+B – que conta com o patrocínio da Gerdau, Instituto Center Norte, Movida, Nespresso, Diagonal e Combio – integra o movimento Cidades+B, realizado anteriormente em Santiago (Chile), Barcelona (Espanha), Assunção (Paraguai), Mendoza (Argentina), Paris La Defénse (França) e no Rio de Janeiro, cidade piloto do programa em 2016.

“A metodologia do Sistema B contribuiu não apenas para quantificar o impacto socioambiental das empresas, mas também para reforçar a visão de que corporações têm o poder e a responsabilidade de ir além, transformando desafios urbanos em oportunidades de crescimento sustentável. Empresas que prosperam com foco em ESG são bem-vindas ao movimento que almeja remodelar São Paulo, a partir do protagonismo de seus moradores, com inovações para o bem-estar econômico e social da metrópole”, declara Rodrigo Santini, diretor executivo do Sistema B.

Estruturadas em torno de 5 eixos temáticos – Habitação, Economia Circular, Mobilidade, Trabalho e Renda e Segurança Alimentar – as 12 propostas de projetos do SP+B foram cocriadas ao longo dos últimos 10 meses, através de uma série de laboratórios de inovação multissetoriais.

Os encontros contaram com a colaboração de especialistas em cada tema:

Instituto Vivenda em Habitação, agência popular Solano Trindade em Segurança Alimentar, Insper em Mobilidade, FGVcenn em Trabalho e Renda e Exchange4Change Brasil e Ellen Macarthur Foundation em Economia Circular.

“Os desafios de São Paulo são tão grandes quanto as possibilidades de criar e implementar projetos que impactem positivamente a cidade. Esperamos que o SP+B inspire outras empresas e organizações da sociedade a se mobilizarem, criando assim um círculo virtuoso que se expanda muito além do movimento”,

declara Luciana Scapin, co-líder do Cidades+B.

“É uma alegria para a Gerdau fazer parte do movimento SP+B, que tem o propósito de discutir coletivamente ações para tornar São Paulo, onde está a sede corporativa da empresa, uma cidade melhor para todas as pessoas. Nossa participação junto ao SP+B nos dá a oportunidade de contribuir com ideias, reflexões e soluções em dois eixos principais, de habitação e economia circular, os quais são pilares da nossa estratégia de atuação social e estão conectados ao nosso negócio”,

afirma Paulo Boneff, líder de responsabilidade social da Gerdau.

“Nós acreditamos que o café pode ser uma força para o bem. Para alcançarmos os nossos objetivos em sustentabilidade, é de extrema importância estabelecermos parcerias estratégicas como a que temos com o SP+B. Somos pioneiros no segmento de cafés porcionados e queremos inspirar, por meio do exemplo, outras empresas a abraçarem a causa. Juntos poderemos acelerar soluções sustentáveis nos lugares onde atuamos, como a cidade de São Paulo, deixando um legado positivo para as próximas gerações”,

afirma Marina Gargiulo, Gerente de Marca, Comunicação e Sustentabilidade da Nespresso Brasil.

“A sustentabilidade está no centro dos negócios da Companhia, somos movidos por uma agenda que promove um planeta melhor, desenvolvendo soluções que contribuem para uma mobilidade mais segura, inclusiva e sustentável. Isso vai ao encontro dos objetivos do Programa SP+B, do qual temos orgulho de fazer parte, afinal juntos podemos trabalhar a favor de uma mobilidade mais sustentável para todos, que impacte positivamente a rotina das grandes cidades, como São Paulo”, conta Felipe Zito Romera, gerente de Sustentabilidade da Movida “Para fazer a diferença, precisamos articular e fortalecer as conexões entre diversos setores para trazer soluções eficazes para o desenvolvimento socioambiental. Temos muita sinergia com os ideais do São Paulo +B e queremos somar ao projeto, construir uma rede potente de transformação e construir juntos, lado a lado, uma São Paulo sustentável”,

declara Daniela Pavan, gerente executiva de sustentabilidade do Instituto Center Norte.

As 12 propostas de projetos anunciados são:

Trabalho e Renda:

Empodera tech: plataforma de inclusão produtiva que englobe:

  1. levantamento de grupos de trabalhadores em escala, como as áreas têxtil, alimentícia, construção civil, serviços financeiros, saúde e limpeza
  2. programa de letramento digital
  3. mapeamento de tecnologias sociais disponíveis. Público-alvo: piloto na Zona Leste 2 e Comunidade Zaki (Zona Norte), aliado ao potencial de rede do SP+B e suas conexões.

Contratação legal: Guia de boas práticas de contratação que amplie a força de trabalho diversa. Grupo de trabalho com 10 empresas B e organizações de impacto. Entre as características observadas estão: exemplos de novos formatos de contratação / vínculos contratuais; prós e contras, acertos e erros das empresas. Fomento ao desenvolvimento local. Público-alvo: jovens 18 a 24 anos; pessoas de baixa renda; negros e indígenas; 50+ e suas interseccionalidades.

Guia do futuro do trabalho: glossário sobre terminologias revisitadas relativas a trabalho, renda e empreendedorismo. Reavalia o uso atual, baseado em termos históricos, e propõe releituras que atualizem a linguagem como preparação mais acolhedora para o futuro do trabalho. Alinhamento de conceitos e reeducação de instituições públicas e privadas, a fim de que estas tenham um glossário não apenas de terminologia, mas de metodologias voltadas ao trabalho, que orientem também melhores práticas. Iniciativa inclui campanha de advocacy para a mudança efetiva de linguagem e, eventualmente, a regulamentação sobre o trabalho. Público-alvo: Acadêmicos, reguladores, Coalizão CEOs e Trabalhadores.

Segurança Alimentar

Alimentando a mudança: Elaboração de uma plataforma de informações detalhadas, a partir de pesquisa e escuta, sobre territórios vulnerabilizados e população socioeconomicamente invisibilizada. Mapeamento de iniciativas e ações que são capazes de atender essa população, através do acesso ao alimento, renda e mudança de hábitos. Público-alvo: população socioeconomicamente invisibilizada, varejo, indústria e empresas de tecnologia, secretarias municipais e responsáveis pelas políticas públicas.

Super Agricultor: programa “5 estrelas” de fortalecimento de agricultores urbanos de classe média, nas esferas material e humana, focado na atração e retenção de jovens. Público-alvo: agricultores urbanos (sobretudo jovens), parceiros e comunidade onde esses agricultores estão inseridos; jovens que buscam uma carreira profissional.

Mãos da terra, mãos do prato: estudo de questões estruturais relacionadas à fome e insegurança alimentar. mapeamento da insegurança alimentar e de iniciativas de mitigação do problema em SP. Oficinas de capacitação para a estruturação de projetos de financiamento. Público-alvo: mulheres em situação de vulnerabilidade, desemprego, e insegurança; organizações sociais, empresas e setor público.

Habitação

Lidera Moradia: construção de ferramenta de conteúdo que apoie lideranças comunitárias no desenvolvimento de seu bairro, com casos e metodologias já existentes de organizações como Diagonal, Tide Setúbal e Gerando Falcões. Público-alvo: líderes comunitários ou qualquer pessoa que quer ter acesso a desenvolvimento territorial.

Economia Circular: Re-shopping: visa estabelecer um ecossistema circular no Norte Shopping, envolvendo a comunidade da Zona Norte de SP, empresas B e diversos parceiros, tendo como objetivo mapear, ampliar e promover negócios e projetos circulares na região. Público-alvo: comunidade da Zona Norte de São Paulo e empresas B.

Semente circular: programa de educação ambiental e alimentar nas escolas como estratégia de promoção da economia circular no território. Capacitação de educadores do Ensino Fundamental 1 como agentes ambientais, através da escuta atenta e valorização das potências locais, promovendo a economia circular no território. Público-alvo: educadores/ séries do Ensino Fundamental 1 (1 professor por turma +currículo integrado).

Mobilidade

Dados em movimento: inclusão de perguntas com recortes que gerem evidências (PDCs, raça, gênero) em pesquisas orientadoras de planos de mobilidade para pautar políticas públicas e iniciativas privadas. Público-alvo: PDCs, mulheres, pessoas negras e indígenas e pesquisadores Conexão Centro Periferia – Oficinas de desenhos de linhas de ônibus, para incentivar o engajamento das pessoas a pensarem coletivamente os trajetos. Público-alvo: população das áreas de influência, poder público, associações de bairro, empresas de localização e iniciativa privada.

Empresas pela mobilidade: Criação de uma política empresarial e índice de mobilidade urbana. Sugestão de plano e indicadores para fomentar a intermodalidade entre empresas. Público-alvo: funcionários, colaboradores e terceirizados.


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