Proibição de plástico é eficaz: EUA evitam bilhões de sacolas plásticas com novas restrições

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As sacolas plásticas estão pagando o preço de seu próprio sucesso. Quando foram introduzidas na Europa em 1965, a sociedade ficou surpresa com sua acessibilidade e durabilidade. Dentro de uma ou duas décadas, elas se tornaram populares tanto no continente quanto na América do Norte, e não demorou muito para que seu uso se disseminasse por todo o planeta.

No entanto, os plásticos eram persistentes demais. Em vez de desaparecerem, começaram a se acumular em aterros sanitários e nos oceanos. O impacto ambiental das sacolas plásticas ganhou destaque com a descoberta da Grande Mancha de Lixo do Pacífico em 1997. As sacolas plásticas, e o plástico em geral, deixaram uma marca nociva no planeta na forma de poluição.

À medida que algumas décadas se passaram, os países começaram a enfrentar os desafios associados ao uso indiscriminado de plásticos baratos, implementando proibições ou outras medidas contra as sacolas plásticas. Mas, finalmente, há boas notícias.

São Francisco liderou o movimento nos EUA ao aprovar a primeira proibição de sacolas plásticas do país em 2007. Várias outras cidades e estados dos EUA seguiram o exemplo, implementando proibições ou restrições às sacolas plásticas. Em 2023, dez estados tinham proibições em todo o estado, com leis semelhantes propostas em outros lugares.

Para ilustrar o impacto dessas medidas, estudos divulgado em um relatório da Environment America revelaram que cinco proibições resultaram na eliminação média de quase 300 sacolas plásticas por pessoa por ano. No geral, apenas nos EUA, bilhões de sacos de plástico foram evitados graças a essas medidas antiplástico.

A poluição plástica é responsável pela morte de pelo menos 100.000 mamíferos marinhos e 1 milhão de aves marinhas a cada ano, enquanto o emaranhamento em plásticos e outros tipos de lixo causa a morte de cerca de 1.000 tartarugas por ano. Embora as sacolas plásticas não sejam as únicas culpadas, certamente contribuem significativamente para o problema.

Além disso, os resultados publicados em um relatório ressaltam que medidas imperfeitas deixam lacunas ou incentivam os consumidores a optarem por outros tipos de sacolas descartáveis. Proibições bem elaboradas de sacolas plásticas descartáveis em todo o país conseguiram reduzir com sucesso o consumo desses itens, diminuindo o lixo plástico e encorajando os consumidores a fazerem escolhas mais sustentáveis. Os formuladores de políticas devem continuar a implementar essas políticas em nível estadual e local, como indica o relatório.

A intenção não é simplesmente substituir um tipo de sacola descartável por outro. Embora as sacolas de papel sejam mais fáceis de reciclar do que as de plástico, sua produção consome de três a quatro vezes mais energia e geralmente resulta em mais resíduos sólidos.

Em última análise, o relatório conclui que a regulamentação é a abordagem mais eficaz atualmente para lidar com os resíduos plásticos e a poluição plástica. “Supermercados, restaurantes e lojas de varejo não devem distribuir sacolas plásticas de qualquer espessura no caixa. As lojas devem ser obrigadas a cobrar uma taxa de pelo menos 10 centavos por sacola de papel descartável. Essa taxa limitará o aumento esperado no uso de sacolas de papel após a proibição das sacolas plásticas e pode até eliminar completamente o consumo de sacolas de papel. Governos locais e estaduais devem realizar fiscalizações regulares para garantir conformidade.”

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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