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Sylmara Lopes Dias explica como se deu a verificação de políticas públicas sobre o problema no Brasil

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Por Jornal da USP | O projeto interdisciplinar Rethinking Plastic Pollution Post Pandemic verificou as políticas sobre a cadeia de poluição por plásticos nos contextos de antes, durante e pós-pandemia. No Brasil, constatou-se que 108 projetos de lei sobre o assunto estão em tramitação no Congresso Nacional. 

“Só que nenhum deles foi aprovado no nível federal. A gente tem outras 240 legislações de nível estadual ou municipal que olham para uma partezinha do problema”, explica Sylmara Lopes Dias, participante do projeto e professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE), ambos da USP, ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição.

Políticas que tratam das sacolinhas e dos canudinhos plásticos são as mais comuns, o que é “muito pontual”, na avaliação de Sylmara. A pesquisa busca pensar em formas de retomar a reflexão sobre os números da poluição do plástico e possíveis soluções para o problema, já que as expressivas demandas da pandemia por esse material, em hospitais e na vida de cada um, arrefeceram a movimentação global para resolver a questão, forte na década de 2010. 

Histórico

A produção anual de plásticos no mundo é de 350 milhões de toneladas métricas. “Desde os anos 1950, a curva de produção de resina plástica é estratosférica. Nos anos 60, cada pessoa consumia, em média, 5 kg de plástico por ano no mundo”, informa Sylmara. “Hoje, esse número alcança 46 kg per capita.”

As principais questões envolvendo esse material são a escala de produção e os usos descartáveis, considerando a origem fóssil do plástico. “Esse problema veio acelerando de tal monta que hoje a gente tem que 40% de tudo que produzimos desses 350 milhões vão parar no meio ambiente, poluindo as cidades, os rios e os oceanos.”

Outro problema é o acúmulo de partículas de plásticos no ambiente, com consequências diretas para a saúde humana. “A gente tem 65 anos que inventou e usa essa resina [de plástico] e ela dura de 400 a 500 anos. Então eu posso acreditar que tudo que a gente já produziu de plástico no mundo ainda está por aqui, no ar, na água ou no solo.” 

O projeto Rethinking Plastic Pollution Post Pandemic foi financiado pela University Global Partnership Network, um programa que conta com a USP, a University of Surrey, da Inglaterra, e a University of Wollongong, da Austrália. Você pode acessar mais informações sobre esse trabalho neste link (em inglês). 

Confira também a série de webdocumentários do grupo de estudos no canal do YouTube aqui. Os episódios falam da questão global do plástico como marcador de mudança de era geológica, o mito da reciclagem desse material e os responsáveis por toda a cadeia do plástico, de produção, distribuição, consumo a pós-consumo. Outros materiais, como cartilhas para professores do ensino fundamental e médio e guias pedagógicos, também estão disponíveis.

Este texto foi originalmente publicado pelo Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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