Piloto de projeto que promete transformar o deserto do Saara numa área fértil se instala em Aqaba, cidade da Jordânia
Transformar desertos em áreas férteis e produtivas pode ser uma maneira efetiva de ajudar o meio ambiente. É essa a principal ideia do Projeto Floresta no Saara (em inglês: Sahara Forest Project); desde 2008 a Noruega e a Jordânia estão trabalhando numa forma de colocar vegetação no deserto do Saara e torná-lo fonte de água e energia limpa.
Em 2012 o governo da Jordânia liberou a criação do piloto do projeto em Aqaba, cidade do sul da Jordânia, próxima ao Mar Vermelho, numa área de 200 mil metros. O oásis artificial terá uma usina que usa o calor do Sol para gerar energia, e não pelo efeito fotovoltaico, e pela estufa alimentada por água salgada. O funcionamento da estufa já foi atestado em pilotos de pequena escala.
A intenção é usar espelhos solares que aquecem a água do mar até ferver para transformá-la em água potável. O movimento da água sendo fervida moverá turbinas que transformará energia cinética em eletricidade e a água potável será utilizada para cultivar vegetais e algas que absorverão o CO2.
O projeto Floresta no Saara foi idealizado por três empreendedores: o arquiteto Micheal Pawlyn, o designer Charlie Paton e o engenheiro Bill Watts. Em 2009, eles entraram em contato com uma ONG e apresentaram o projeto na COP15 Mudanças Climáticas. Um ano depois, o rei da Jordânia ficou sabendo da ideia e tudo começou a se desenvolver.
O piloto está em fase de construção desde o fim de 2012 e a Tunísia já mostra interesses em ser a próxima beneficiada pelo projeto que promete produzir comida e água potável em áreas desérticas.
Fonte: Sahara Forest Project
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