Psoríase: o que é, tratamento e sintomas

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Psoríase é uma doença dermatológica crônica e autoimune, ou seja, é uma doença em que o organismo ataca a si próprio, não é contagiosa e não tem cura. A gravidade da doença varia, podendo apresentar desde sintomas leves de tratamento fácil até casos mais graves que levam à incapacidade física, afetando também as articulações. Existem vários tipos de psoríase, como listamos a seguir.

Psoríase invertida

Este tipo de psoríase é caracterizado por manchas inflamadas e vermelhas que atingem as áreas mais úmidas do corpo, dobras como axilas, virilhas, embaixo dos seios e ao redor dos órgãos genitais.

Psoríase ungueal

A psoríase ungueal afeta as unhas dos dedos das mãos e dos pés, fazendo com que a unha cresça de forma anormal, engrosse, escame e até mesmo perca a cor, podem surgir depressões puntiformes ou manchas amareladas. É possível que a unha também pode se descole da carne ou esfarele.

Em placas ou vulgar

A psoríase vulgar ou em placas é a forma mais comum da doença e se caracteriza pela formação de lesões de vários tamanhos e delimitadas e podem ser avermelhadas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas no couro cabeludo, nos joelhos e cotovelos. O problema pode causar dor e até mesmo atingir todas as partes do corpo, incluindo as genitais e dentro da boca. Em casos graves, a pele ao redor das articulações pode sangrar e rachar, comprometendo a qualidade de vida do paciente.

Psoríase gutata

Este tipo é mais comum em crianças e pessoas com menos de 30 anos. Geralmente, a psoríase gutata é desencadeada por meio de infecções bacterianas, como as de garganta. Pequenas feridas em forma de gota se formam e são cobertas por uma “escama” fina. Elas aparecem, normalmente, no couro cabeludo, nos braços, nas pernas e no tronco.

Palmo-plantar

Na psoríase palmo-plantar, as lesões aparecem como fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

Eritrodérmica

A psoríase eritrodérmica forma lesões generalizadas em 75% do corpo ou mais. Forma manchas vermelhas que podem arder ou coçar intensamente, podendo levar a manifestações sistêmicas. É o tipo menos comum das psoríases.

Psoríase artropática ou artrite psoriásica

Este tipo de psoríase se caracteriza por apresentar inflamação na pele e descamação. Também é caracterizado por fortes dores nas articulações, podendo causar rigidez progressiva.

Pustulosa

Nesta forma de psoríase, aparecem manchas em todas as partes do corpo ou então elas se concentram em áreas menores, como os pés e as mãos. Bolhas cheias de pus se formam pouco depois da pele ficar vermelha. Essas bolhas secam entre um a dois dias, mas podem reaparecer durante dias ou semanas, causando coceira intensa, febre, calafrios e fadiga.

Causas

Em nosso sistema imunológico existe o linfócito T, que percorre todo o nosso corpo à procura de elementos estranhos, como os vírus e as bactérias, com o objetivo de combatê-los. Em uma pessoa que tem psoríase, essa célula acaba atacando as outras células saudáveis, com o objetivo de cicatrizar uma ferida ou tratar uma infecção.

Acredita-se que a genética também é um fator que pode desencadear a psoríase, pois é comum que um paciente com psoríase tenha alguém da família que sofra da mesma doença.

Estresse e psoríase: entenda a relação

O estresse também pode desencadear a psoríase. Há um campo crescente da medicina, denominado psicodermatologia, que investiga a conexão entre a mente e a pele. Uma pesquisa mostrou que 30% a 60% das pessoas que procuram atendimento médico para problemas de pele também têm algum tipo de turbulência emocional.

Em resposta ao estresse, o cérebro produz substâncias químicas chamadas neuropeptídeos. A pele tem uma grande rede neurológica e vascular. Por isso, qualquer gatilho de estresse pode fazer com que os neuropeptídeos inundem a pele, influenciem na psoríase e causem problemas, como inflamação, dilatação dos vasos sanguíneos, aumento da permeabilidade, entre outros. Tratamentos que foquem bem-estar e relaxamento da mente podem ser eficazes contra a doença.

Além disso, há outros fatores que também podem desencadear a psoríase, tais como:

  • Fumar;
  • Variações climáticas;
  • Medicamentos para transtorno bipolar, pressão alta e malária;
  • Infecções de garganta e de pele;
  • Alterações bioquímicas;
  • Lesões na pele.

Tratamento

Somente uma médica ou médico saberá dizer qual é o tratamento adequado para cada tipo de psoríase, portanto, não se automedique. O tratamento, geralmente, consiste na aplicação de cremes e pomadas e medicamentos sistêmicos (de uso via oral, subcutâneo, intramuscular ou intravenoso). Alguns casos de psoríase podem ser tratados com fototerapia.

Existem, ainda, alguns tratamentos caseiros que podem ajudar a aliviar os sintomas da doença. Saiba mais sobre eles na matéria: “Métodos caseiros que ajudam no tratamento para a psoríase”.

O que fazer para conviver melhor com a doença?

  • Hidrate sua pele: use um hidratante indicado pelo seu médico para hidratar a pele, prefira os que não tenham muito perfume ou cor para não correr o risco de ter alergia. Passe o hidratante várias vezes ao dia.
  • Tome banho de sol: tomar sol é uma recomendação para pessoas que sofrem com psoríase, 10 minutos de sol já são suficientes para aproveitar seus efeitos anti-inflamatórios. Mas cuidado: só se exponha ao sol antes das 10h ou após às 16h.
  • Se você tem alergia à lâmina para depilação, prefira outro método. Se tem alergia à cera, tente a lâmina. Se sua pele estiver muito lesionada, trate-a antes de se depilar para não agravar o quadro ou mesmo não se depile;
  • Siga uma alimentação saudável: coma mais frutas, vegetais, probióticos e prebióticos. Diminua ou evite o consumo de carne vermelha, álcool, glúten, alimentos refinados ou processados e alimentos com alto teor de gordura. Procure por orientação com nutricionista para obter uma dieta saudável.
  • Tome cuidado com produtos, medicamentos e cosméticos: obtenha orientação médica antes de utilizar qualquer produto, você precisa ter certeza de que determinado produto não irá prejudicar sua pele.
Equipe eCycle

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