Nos desertos do Chile, na região árida australiana e nas planícies da República Democrática do Congo, a terra está sendo escavada e a água sugada por causa dos minerais necessários para satisfazer a demanda global por carros elétricos. As cicatrizes deixadas por essa busca são frequentemente expostas pelos opositores à transição dos combustíveis fósseis.
Uma investigação realizada pelo jornal The Guardian revelou que a extração de materiais para baterias de carros elétricos está em expansão, deixando um rastro de mineração com possíveis impactos ambientais e sociais. Críticos, incluindo o político Nigel Farage, alertam sobre o impacto negativo da mineração de minerais em carros elétricos, mencionando preocupações ambientais e questões de trabalho infantil.
A demanda por minerais para baterias aumentará consideravelmente, mas a quantidade utilizada em carros elétricos é substancialmente inferior à necessária para veículos a gasolina. A reciclagem de materiais de bateria reduzirá significativamente o desperdício em comparação com os combustíveis fósseis. Especialistas afirmam que 80-90% dos metais podem ser reutilizados, diminuindo a dependência da extração contínua.
Embora existam preocupações legítimas sobre abusos nos direitos humanos em algumas cadeias de abastecimento de minerais, argumenta-se que esses problemas não são exclusivos da indústria de baterias. Marcas como Apple e BMW estão tomando medidas para mapear e tornar suas cadeias de suprimentos mais transparentes.
Os dados disponíveis sugerem que a extração de recursos para carros elétricos será significativamente menor em comparação com veículos a combustíveis fósseis, especialmente com o aumento da reciclagem. No entanto, as credenciais verdes dos carros elétricos não absolvem os consumidores da responsabilidade de garantir que a cadeia de abastecimento seja ética. O debate em torno da mineração mineral para carros elétricos continua, mas a transição para veículos elétricos representa uma oportunidade para reformas na indústria mineira.
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