Que tal usar fezes como pagamento?

Se preferir, vá direto ao ponto Esconder

1. O sul-coreano Jaeweon Cho está desenvolvendo um projeto que fará com que seja possível trocar nossas excreções por dinheiro

2. Fezes viram dinheiro?

O sul-coreano Jaeweon Cho está desenvolvendo um projeto que fará com que seja possível trocar nossas excreções por dinheiro

Jaeweon Cho está trabalhando numa forma de transformar fezes em dinheiro. Sim, você leu corretamente. Cho é diretor do Walden Science Pavilion, um laboratório de pesquisa dentro de um tipo de banheiro público no Ulsan National Institute of Science and Technology (UNIST), na Coréia do Sul, que transforma esses resíduos humanos em fertilizantes e em biocombustível.

Funciona da seguinte forma: as fezes são trituradas em alta temperatura, transformando-se em um pó inodoro que vai para um tanque onde microrganismos se alimentam dele e liberam dióxido de carbono e gás metano. Sim, ambos são gases-estufa, mas o dióxido de carbono é usado para cultivar algas que, posteriormente, serão transformadas em biocombustível; já o metano serve como combustível. Todo o sólido que resta é utilizado como adubo para fertilizar a horta do Pavilion.

Fezes viram dinheiro?

Usar fezes como fertilizante não é exatamente uma novidade, o que é verdadeiramente inovador na ideia de Cho é o projeto Fecal Standard Money, em que ele propõe um sistema monetário com base no pó inodoro em que as excreções são transformadas. O projeto ainda está longe de pegar o lugar do nosso sistema financeiro, mas a equipe de Jaenweon já criou um aplicativo para smartphones em que os usuários do banheiro do Pavilion podem converter o peso de suas fezes em “bônus” que são trocados por produtos que foram fertilizados no local, ou outras coisas do instituto.

Por enquanto, o Walden Science Pavilion é apenas um protótipo – o projeto é financiado pelo governo e em breve será levado para outras cidades da Coréia do Sul para que pessoas possam ter um sistema parecido em suas casas. Por enquanto, a ideia tem sido muito bem recebida. “Você ajuda o planeta ao mesmo tempo em que faz dinheiro. Como não adorar?”, comentou um estudante de design, que resgatou um cafezinho de US$ 3 em troca do “serviço” feito no banheiro experimental.

Confira o vídeo sobre o Walden Science Pavilion para entender melhor como funciona.