O querosene verde é um produto alternativo ao querosene convencional, que é formado por hidrocarbonetos alifáticos. Ele é um biocombustível, que pode ser usado para o abastecimento de transportes aéreos e para a geração de energia.
Esse biocombustível pode ser produzido a partir do processo de pirólise ou craqueamento de biomassa, reaproveitando produtos de origem natural, evitando o descarte incorreto e a sobrecarga do solo.
O querosene é um produto tóxico, formado por hidrocarbonetos, sobretudo hidrocarbonetos alifáticos. Ele é utilizado como combustível para transportes aéreos e está presente na composição do asfalto, para a pavimentação de ruas. Além disso, pode ser utilizado como produto de limpeza e fonte de energia e calor para cozinhar e iluminar as residências.
O querosene pode levar a problemas de saúde para as pessoas que o manuseiam, como problemas dermatológicos, respiratórios e hematológicos. Confira:
Os combustíveis que possuem querosene em sua composição têm alta emissão de carbono, óxidos nítricos e dióxido de enxofre. Essas substâncias são prejudiciais para a saúde humana e o meio ambiente.
Os hidrocarbonetos alifáticos, que compõem o querosene, estão associados à composição dos materiais particulados suspensos na atmosfera. A contribuição desses componentes com a poluição atmosférica se dá a partir da queima de produtos originados do petróleo.
Portanto, eles representam uma ameaça para a qualidade do ar e para a saúde da população, podendo causar asma. Os materiais particulados são compostos químicos em suspensão na atmosfera, que podem ser encontrados em estado líquido ou sólido.
Essas partículas são formadas a partir da queima de combustíveis fósseis liberados por automóveis e atividades industriais, como os carros e as usinas de energia.
O querosene verde, ou bioquerosene, é uma alternativa sustentável ao querosene comum. Ele é classificado como um biocombustível, e emite menos poluentes para a atmosfera, em comparação ao querosene convencional. Consequentemente, o querosene verde provoca menos problemas à saúde.
Além da redução de resíduos orgânicos no meio ambiente, ele tem a vantagem de reduzir as emissões de gases do efeito estufa da atmosfera. Outro ponto positivo deste produto é a redução da contaminação de corpos hídricos e do solo. Isso porque a extração de sua matéria-prima é menos nociva do que a extração da matéria-prima do querosene comum, o petróleo.
O querosene verde pode ser produzido a partir do processo de pirólise ou craqueamento (tecnologia de transformação de um resíduo em um produto com potencial energético), com o uso de biomassa, como caroços de açaí.
Para determinar o melhor material para a produção do bioquerosene, é necessário que não haja interferências do produto sobre a biodiversidade e o ecossistema, bem como a contaminação da água e do solo.
Uma pesquisa apontou os caroços de açaí como um material para gerar bioquerosene. Os caroços de açaí representam um problema ambiental, já que o seu descarte não recebe tratamento.
Dessa forma, eles se tornam rejeitos e se acumulam no meio ambiente. Assim, o processo de produção de querosene verde pode ser uma alternativa para a redução desses rejeitos no solo, que se tornam combustível.
De acordo com outro estudo, o pinhão-manso também é uma boa alternativa como matéria-prima de bioquerosene. Isso porque essa espécie exige poucas condições para se estabelecer. Além disso, seu custo de produção é baixo, pois suas árvores têm um longo período de vida.
A pesquisa também citou espécies como babaçu, algas e camelina como boas alternativas para a produção de querosene verde, pois elas possuem alto teor de óleos em sua composição. Outros estudos indicaram o uso de óleo de palma e gordura de restos de alimentos. A presença de óleos na biomassa é essencial para a produção do bioquerosene.
A produção do querosene verde se dá a partir do processo de pirólise ou craqueamento do material de origem. Para que isso aconteça, o material é exposto em um ambiente fechado, sem a presença de oxigênio e sob altas temperaturas.
Esse craqueamento pode ser realizado a partir da ação de um catalisador. Os catalisadores têm a capacidade de fragmentar o material em partes menores. Dessa forma, o tempo e a temperatura necessários para que a pirólise aconteça se tornam menores.
Uma variação desse método é a gaseificação, em que, a partir do uso de um catalisador, a matéria-prima se transforma em gases. Em seguida, esses gases são purificados e utilizados para sintetizar hidrocarbonetos líquidos. O produto final desse processo é o querosene verde.
Outro método para a produção de bioquerosene é a partir do uso de leveduras geneticamente modificadas. Quando a matéria-prima tem grandes quantidades de açúcar em sua composição, essas leveduras consomem o açúcar e produzem isoprenoides (compostos orgânicos).
Em seguida, esse produto é hidrogenado, resultando no bioquerosene. O mesmo processo pode ocorrer a partir do uso de bactérias, que também consomem o açúcar da biomassa.
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