O quiabo é biologicamente classificado como uma fruta, porém é comumente utilizado na culinária mundial como um vegetal. Embora seja nativo da África, especificamente da Etiópia, o quiabo também é um prato comumente usado na culinária caribenha, assim como na indiana.
Ele pode ser encontrado em duas cores, verde ou vermelho. O verde é o mais comum, sendo facilmente encontrado em supermercados e em feiras. Já o quiabo vermelho é mais raro, porém, se torna verde ao cozimento e tem o mesmo gosto que o fruto verde.
Mesmo sendo uma fruta conhecida, nem toda a população usa o quiabo em suas receitas por conta de sua baba. A baba do quiabo é formada por resíduos de açúcar (exopolissacarídeos) e glicoproteínas, o que significa que sua viscosidade aumenta quando cozinhada. Ela é pegajosa e pode desencorajar as pessoas a cozinhar com a fruta, mas pode ser removida e também usada para encorpar caldos, ensopados e outros pratos. Um dos pratos famosos no sul do Estados Unidos, o gumbo, é feito a partir da consistência da baba do quiabo.
Uma xícara com 100 gramas de quiabo contém, aproximadamente:
Além de ser rico em nutrientes, o quiabo também oferece outros benefícios à saúde, incluindo propriedades antioxidantes que ajudam a combater os danos causados por radicais livres. Entre os antioxidantes presentes no quiabo estão os flavonóides, polifenóis e isoquercetina. O polifenol, por exemplo, é associado a redução de riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas, além de fazer bem para o cérebro e poder agir como um componente anti-envelhecimento.
A própria baba do quiabo contém benefícios à saúde. Suas propriedades incluem a capacidade de se ligar com o colesterol durante a digestão, auxiliando na sua excreção e evitando que ele seja absorvido pelo corpo.
Um estudo com ratos comprovou esse benefício, observando que os animais que consumiram quiabo apresentavam níveis menores de colesterol no sangue.
A lectina, uma proteína presente no quiabo, é associada a inibição do crescimento de células cancerígenas.
Uma pesquisa realizada em 2014 utilizou a lectina presente no quiabo para tratar células do câncer de mama. O tratamento foi capaz de matar 72% das células e reduzir o crescimento do tumor em 63%.
Além de ser um alimento saudável e cheio de benefícios, a comunidade científica conseguiu achar outra função para o quiabo no tratamento da água.
Os especialistas da Universidade de Tarleton no Texas conseguiram observar que o quiabo, com suas propriedades pegajosas, era capaz de fazer a remoção de grande parte dos microplásticos presentes na água por conta dos polissacarídeos presentes no alimento. Em conjunto com o feno-grego, o extrato de quiabo conseguiu remover os microplásticos da água salgada, enquanto a mistura de quiabo com tamarindo funcionou em água doce.
Os idealizadores do processo afirmaram que continuarão procurando outras alternativas à base de plantas para a remoção de microplásticos da água. Um de seus objetivos é comercializar a técnica, oferecendo um método mais seguro para garantir a limpeza da água potável.
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