A radiação infravermelha (IV) é toda a radiação eletromagnética com comprimento de onda entre 700 nanômetros e 1 milímetro e de frequência menor que a luz visível. Essa é sua denominação porque ela possui uma frequência menor do que a frequência da luz vermelha, que é a menor captada pelo olho humano. Embora seja invisível, a radiação infravermelha pode ser percebida por suas propriedades de aquecimento.
A radiação infravermelha origina-se de vibrações moleculares que geram mudanças nas cargas elétricas de cada átomo e provocam emissões de radiação. Por isso, ela está relacionada ao calor. A radiação infravermelha pode ser emitida por qualquer objeto quente e pelo Sol. A radiação infravermelha que vem do Sol é absorvida quase completamente pela atmosfera, apenas uma pequena parte dela chega diretamente à superfície.
A radiação infravermelha foi descoberta pelo astrônomo inglês William Herschel em 1800. Nessa época, ele sabia que a temperatura de um corpo é a medida da agitação térmica de suas partículas e que cada uma das cores na região visível possuía uma temperatura distinta. Quando ele colocava um termômetro de mercúrio na região de cada uma dessas cores, o resultado era que a temperatura aumentava pela incidência da luz, mas era mais rápido quanto mais próximo da extremidade vermelha.
Dessa maneira, ele experimentou colocar o bulbo do termômetro em uma região que ficava após o vermelho, que é uma região onde não há cor, e notou que nessa região o aquecimento era ainda maior. Assim, Herschel chegou a conclusão de que deveria haver algum tipo de radiação que o nosso olho não percebesse e, visto que ficava antes da faixa vermelha, ele denominou de radiações infravermelhas.
A radiação infravermelha pode ser dividida em três regiões ou bandas A, B e C, diferenciadas aproximadamente por suas características de absorção em nível biológico. As bandas A e B são utilizadas terapeuticamente e correspondem a uma classificação mais tradicional de infravermelhos próximos e distantes.
Estudos sugerem que cerca de 70% dos raios solares que chegam ao planeta Terra conseguem atingir a superfície terrestre, sendo que uma parte é absorvida por ela e o restante é refletido sob a forma de radiação infravermelha. Uma parcela dessa radiação, por sua vez, é incorporada pelas nuvens e pelo dióxido de carbono da atmosfera, criando um efeito estufa natural que mantém a Terra aquecida e evita grandes amplitudes de temperatura entre o dia e a noite.
Esse tipo de radiação vinda do Sol não causa grandes efeitos sobre o organismo humano, já que sua energia e, consequentemente, poder de penetração na pele não são grandes. No entanto, em excesso, pode causar queimaduras.
Além disso, lâmpadas de emissão no infravermelho são de uso tradicional na área de fisioterapia sendo utilizadas em tratamentos fitoterápicos tanto de doenças crônicas (artrites e tendinites) como em traumatismos. A mensuração do espectro e irradiância provenientes da emissão da lâmpada, fornecem informações cruciais no que diz respeito a elaboração de protocolos de tratamento.
A radiação infravermelha pode ser transmitida, refletida ou penetrar no material, porém, só produz efeito terapêutico quando é absorvida pela pele. A radiação no infravermelho próximo pode penetrar alguns centímetros em tecidos biológicos, contudo, grande parte da radiação é absorvida pela pele devido a grande quantidade de água presente. Os efeitos fisiológicos advindos da radiação infravermelha podem se apresentar nas seguintes formas:
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