O termo rato é comumente usado para descrever diversos tipos de roedores entre diversas espécies da ordem Rodentia. No entanto, em uso científico, “rato” aplica-se a qualquer uma das 56 espécies de roedores do gênero Rattus que são nativas da Ásia.
Embora nativas de locais específicos, muitas espécies de ratos foram além de suas áreas originais, deslocando-se virtualmente em todos os lugares onde as populações humanas se estabeleceram. Animais sinantrópicos, os ratos se adaptaram para viver paralelamente com os seres humanos, construindo comunidades subterrâneas em esgotos ou outros ambientes urbanos.
Atualmente, o animal é considerado uma praga do lar humano, potencialmente oferecendo riscos à saúde e ao bem-estar.
Os ratos são mamíferos com focinhos compridos e usualmente pontudos, orelhas peludas, olhos grandes e unhas afiadas. Eles possuem caudas que variam de tamanho de acordo com a espécie, podendo ser maiores ou menores que o comprimento total do animal.
Em seu habitat natural, o rato é principalmente um animal de hábitos noturnos, com algumas exceções à regra — o rato-marrom, por exemplo, é ativo durante o dia e a noite em ambientes urbanos e rurais. É um animal terrestre e, muitas vezes arborícola, porém, se adaptou aos ambientes urbanos, vivendo em comunidades subterrâneas, como no esgoto de grandes cidades.
Em geral, o rato é um animal onívoro. Contudo, sua alimentação varia de acordo com o seu habitat. Quando vive com seres humanos, consome tudo que é digestível, mas principalmente grãos e restos de comida.
A ratazana e outras espécies de ratos presentes em ambientes urbanos exploram os recursos alimentares humanos, comendo e potencialmente contaminando alimentos armazenados. Esses animais também preferem seguir uma dieta carnívora, sendo muitas vezes responsáveis pelo esgotamento ou extinção de outros animais, como pequenos mamíferos, répteis e aves.
A reputação desses animais os excede, sendo associados a disseminação de mais de 40 doenças entre humanos, incluindo peste bubônica, intoxicação alimentar, esquistossomose, tifo, tularemia e leptospirose. No entanto, desde que essa associação começou, especialistas começaram a expandir seus estudos na área, diminuindo o impacto dos ratos na saúde humana.
Uma pesquisa de 2018 evidenciou, por exemplo, que a peste bubônica é resultante, em grande parte, de pulgas humanas e piolhos do corpo. De acordo com especialistas envolvidos na pesquisa, seria improvável que a doença se espalhasse tão rápido se fosse transmitida por ratos.
Similarmente, um estudo de 2022 comprovou que parte da associação de ratos urbanos com doenças se dá a um desequilíbrio dentro de pesquisas científicas. Enquanto esses tipos de mamíferos têm mais patógenos, eles também possuem mais informações e estudos do que suas contrapartidas rurais e selvagens.
Por outro lado, ainda é importante notar que embora sua reputação seja exagerada, os ratos ainda sim são responsáveis por disseminar diversas doenças, posando como uma ameaça real à saúde humana.
Ratos e diversos outros roedores podem contaminar seres humanos direta ou indiretamente com as seguintes doenças e condições:
Evitar o contato com espécies de rato e outros roedores pode ser essencial. Entretanto, a sua normalização em ambientes urbanos pode ser um empecilho para a prevenção de doenças, afinal, esses animais são conhecidos por serem pragas domésticas.
Diversos métodos são implementados para evitar a aparição de ratos em casa. Porém, muitos podem ser cruéis e ineficazes, como o próprio veneno de rato. Na maioria das vezes, essas substâncias atraem ratos, fazendo com que o problema piore.
Além disso, esses mamíferos só consomem um pouco do veneno e vão embora por pouco tempo, até sentirem-se seguros para voltar. Especialistas também acreditam que microdoses de veneno podem ajudar os ratos a criar uma tolerância a essas substâncias.
O melhor método de controle de ratos é selar possíveis entradas desses roedores em sua casa. Porém, se eles já estiverem vivendo lá dentro, é necessário investir em armadilhas como gaiolas, e não ratoeiras e possíveis aparelhos que machuquem ou matem esses animais. Após prendê-los, é só soltá-los longe de sua casa.
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