Dar um fim correto para aquele aparelho que não funciona mais é um dos grandes dilemas que enfrentamos atualmente. O que fazer com aquela TV que parou de funcionar? E aquele monitor que não funciona como antigamente? E os cartuchos e toner de impressoras?
Os cartuchos de toner são feitos de plásticos comumente produzidos a partir do petróleo – estima-se que sejam necessários 3 litros de óleo combustível na produção de um único toner. O plástico demora até mil anos para se decompor e, quando acumulado, diminui consideravelmente a vida útil dos aterros sanitários. Segundo um artigo, o toner contém ainda um pó que é uma mistura de carbono com estireno, acrilato, resina de poliéster e outros polímeros. Devido a esses componentes, quando o toner é queimado ou descartado de modo errado no meio ambiente, há a liberação de polímeros, metais e até do gás metano, o que agride o meio ambiente e contribui para o efeito estufa.
Esse pó não é considerado uma substância tóxica, contudo, por conta do tamanho extremamente reduzido de suas partículas, pode causar irritação no aparelho respiratório em pessoas expostas a ele por um longo período.
Na hora de se desfazer de toners vazios, muitas pessoas acabam vendendo esses produtos para locais que prometem reciclá-los. No entanto, na maioria das vezes, os cartuchos não são reciclados, são apenas lavados ou aspirados e reabastecidos, o que é poluente e pode comprometer a saúde de quem faz esse tipo de procedimento. Mais apropriado seria, então, entregar o cartucho ao fabricante ou ao remanufaturador, para que as peças fossem realmente recicladas e corretamente descartadas.
Em 2010, foi aprovada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que promete olhar com mais atenção para os problemas de reciclagem e sustentabilidade do país. Essa política tem como objetivo fechar os lixões até 2014, estimular os municípios a adotarem a coleta seletiva, restringir o encaminhamento de apenas rejeitos aos aterros sanitários e obrigar os fabricantes a criarem um sistema de reciclagem para os seus próprios produtos, chamada de logística reversa. Assim, uma empresa de refrigerante será responsável pelo recolhimento e reciclagem de garrafas e latas de alumínios, bem como as fabricantes de cartuchos de toners serão responsáveis pelo recolhimento e descarte correto de seus produtos. As empresas que não são as fabricantes originais de certos produtos não serão, todavia, responsabilizadas pela logística reversa desses, o que vem gerando críticas de muitos ambientalistas.
Algumas empresas de cartucho já estão aceitando o recebimento de seus produtos vazios. Em alguns casos, é pedido que o consumidor junte de três a cinco cartuchos para o recolhimento; no caso de empresas, muitas vezes é requerido que juntem até 30 toners vazios. É aconselhável que se armazene o cartucho vazio em lugares em que não haja umidade ou temperaturas altas e, de preferência, dentro de caixas, para evitar vazamento.
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