Rejeitos são “resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”, de acordo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
Em outras palavras, rejeitos são resíduos, que não podem ser reaproveitados ou passar pelo processo de reciclagem. Assim, a única alternativa é um descarte ambientalmente correto direcionado a aterros sanitários. Como exemplo, podemos citar o lixo do banheiro e bitucas de cigarro que, na maioria das vezes, não possuem uma opção de reaproveitamento viável. Embora já existam algumas empresas que oferecem a tecnologia adequada para a reciclagem desses materiais, é preciso de políticas públicas efetivas para implementação da reciclagem em larga escala.
Resíduos, de acordo com a PNRS, são todos os materiais, sólidos ou semissólidos, descartados resultantes de atividades humanas. Eles possuem um valor econômico para a sociedade devido à possibilidade de reaproveitamento e reciclagem. Por outro lado, os rejeitos não têm essa opção, diferenciando-os de resíduos.
Mas, e o lixo? De modo geral, a palavra lixo é usada para se referir a produtos que jogamos fora e não têm mais utilidade. Entretanto, é possível identificar vários tipos de resíduos no lixo que, se manejados corretamente, conseguem passar pelo processo de reutilização ou reciclagem na logística reversa.
Os rejeitos radioativos são os materiais gerados a partir de produtos radioativos, que não podem ser reutilizados. De acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), eles são classificados de acordo com suas meias-vidas (tempo em que um elemento radioativo leva para reduzir-se à metade), níveis e natureza de radiação, resumidos a seguir:
Como exemplo, é possível destacar os materiais usados na medicina e indústria, como luvas e aventais contaminados, e combustíveis usados em reatores nucleares. Esses rejeitos precisam ficar de 50 a 300 anos isolados, para que não haja risco de contaminação radioativa.
Em 1987, o Brasil sofreu um acidente radioativo causado pelo manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado, que continha o Césio-137, rejeito radioativo. O elemento químico chegou às mãos da população de Goiânia, causando contaminação e problemas de saúde em várias pessoas. Dessa forma, é muito importante educar a sociedade sobre os perigos de alguns rejeitos, com o objetivo de prevenir novos acidentes.
Um dos principais exemplos de rejeitos são os rejeitos de mineração. Eles são caracterizados de acordo com sua granulometria, sendo denominada “lama”, quando fina, e “rejeito granular”, quando grossa (acima de 0,074 mm). Eles são todo o resto de rochas, minerais, areia e água de baixo ou nenhum valor econômico. Desse modo, eles são descartados após o processo de beneficiamento, normalmente em pilhas.
Como consequência do avanço da tecnologia e aumento da exploração de recursos minerais, os rejeitos de mineração cresceram muito. Assim, seu descarte tomou mais destaque após a análise de possíveis problemas ambientais.
Segundo o Ibram, a maior parte do descarte mundial de rejeitos de mineração é feita por meio de barragens de rejeitos, que têm como função contê-los e reservar água para reúso nas minas e/ou no beneficiamento.
Dessa forma, a Lei nº 12.334 de 2010 institui a Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e cria o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens (SNISB). Ela define a gestão, implantação, organização e fiscalização destas. Além disso, destaca algumas regras como a separação de rejeitos por granulagem, sistemas de drenagem eficientes e proteção superficial da barragem.
Porém, apesar das políticas para garantir a segurança, o Brasil já sofreu inúmeros acidentes de deslizamentos, como o caso de Brumadinho e Mariana, em Minas Gerais. Além disso, outros impactos ambientais são causados pelas barragens e o aumento da geração de resíduos e rejeitos vindos da mineração. Alguns exemplos incluem:
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