Os resíduos perigosos são aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, necessitando de um descarte adequado
Os resíduos perigosos são materiais descartados que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente. No Brasil, eles são classificados pela norma ABNT NBR 10004 como Resíduos de Classe 1. Isso significa que são substâncias que apresentam perigo ou características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.
Por isso, a gestão adequada desses resíduos perigosos é de extrema importância para garantir que eles não escapem para o meio ambiente e causem danos socioambientais irreversíveis.
O que são resíduos?
Segundo a Norma Técnica de Classificação de Resíduos Sólidos, resíduo sólido é definido como “resíduos no estado sólido e semissólido resultante de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição”.
Nessa definição, são incluídos lodos de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos de controle de poluição. Além disso, também são considerados resíduos alguns líquidos que não podem ser despejados na rede de esgoto ou em corpos d’água devido as suas características poluentes.
Quais são os tipos de resíduos perigosos?
Resíduos biológicos
Resíduos biológicos perigosos são materiais que possuem agentes infecciosos que apresentam risco à saúde. Por isso, devem ser manejados corretamente. Eles podem ser resíduos medicinais, usados em tratamento de humanos e animais ou em pesquisas e testes. Eles também incluem resíduos patológicos, como carcaças de animais e resíduos gerados em laboratórios biológicos.
Resíduos químicos
Resíduos químicos englobam uma variedade de materiais que apresentam ignitividade, corrosividade, reatividade ou toxicidade. Eles incluem medicamentos vencidos ou em desuso, resíduos usados em laboratórios, restos de tinta, lâmpadas fluorescentes, metais pesados, produtos agrícolas, hidrocarbonetos, pilhas e baterias.
Resíduos radioativos
Resíduos radioativos são considerados materiais com níveis de radioatividade prejudiciais e contaminantes. Como exemplo, é possível destacar os materiais usados na medicina e indústria, como luvas e aventais contaminados, e combustíveis usados em reatores nucleares.
Impactos do descarte incorreto de resíduos perigosos
O descarte incorreto de resíduos perigosos pode fazer com que eles sejam destinados para lixões e aterros sanitários. Com isso, muitas substâncias podem escapar para o meio ambiente, contaminando lençóis freáticos e disseminando doenças por meio de vetores presentes nos locais de descarte inadequado.
Pilhas e baterias, por exemplo, possuem alta inflamabilidade. Isso significa que esses resíduos têm o potencial de explodir ou pegar fogo, incendiando outros materiais ao redor e liberando diversas substâncias nocivas ao ambiente.
Além disso, apesar de alguns resíduos químicos se biodegradarem no meio ambiente, eles ainda causam enormes prejuízos devido aos danos que causam durante sua existência. Da mesma forma, outros materiais são considerados persistentes. Isso significa que, caso descartados incorretamente, podem se bioacumular e biomagnificar pela cadeia alimentar, contaminando todo um ecossistema. Este é o caso dos metais pesados, como mercúrio e chumbo.
Como descartar resíduos perigosos?
Não é recomendado descartar resíduos perigosos no lixo comum e nem junto com a água da torneira. Uma vez no solo ou na água, esses materiais podem causar diversos danos socioambientais.
A gestão de resíduos considerados perigosos requer uma estratégia mais elaborada para garantir a sua destinação final correta. A separação e descarte variam de acordo com o tipo de material. Por sua vez, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) recomenda a prática da logística reversa, que consiste na coleta, triagem e destinação final correta de resíduos.
Ela é uma responsabilidade compartilhada entre as empresas, os consumidores e o governo, com o objetivo de minimizar os impactos ambientais e maximizar o reaproveitamento de materiais e produtos.
A coleta seletiva é a primeira parte desse processo, que deve ser feito pelo consumidor ou por instituições. Ela envolve o descarte dos resíduos em pontos de coleta específicos ou pontos de venda. A separação de lixo antes do descarte também é muito importante. Normalmente, os resíduos perigosos são identificados por sacos de lixo para coleta seletiva de cor laranja.
Para não errar na hora de descartar, é importante saber as cores da coleta seletiva. Você já sabe de cor essas cores? Não? Então dê uma olhada no vídeo do Portal eCycle:
Para saber quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência, assim como os dias e horários das coletas, acesse os mecanismos de busca gratuitos do Portal eCycle.
Para entender melhor como descartar cada tipo de resíduo, você pode acessar as matérias a seguir:
- Descarte de medicamentos: saiba como fazer
- Lixo eletrônico: o que é e como descartar
- Como fazer o descarte de pilhas e baterias?
- Descarte de lâmpadas fluorescentes: como fazer?
- Lixo hospitalar: tipos, riscos e como descartar
Coleta seletiva em condomínios
Para facilitar a implantação da coleta seletiva e a gestão consciente de resíduos, existem empresas especializadas que oferecem um projeto específico para viabilizar a coleta seletiva em condomínios. A relação custo/benefício acaba compensando, considerando o aumento da eficiência do processo, para além de outros benefícios.
Em São Paulo, uma empresa que atua com projeto de coleta seletiva é o Instituto Muda. Desde 2007, eles realizam o diagnóstico e o projeto para adequar a infraestrutura necessária para acondicionamento dos recicláveis. A implantação inclui palestras e treinamentos, coleta dos materiais recicláveis, relatório mensal de resíduos, além de certificado de destinação correta.
Se você se interessou pelo trabalho do Instituto Muda e deseja fazer a cotação para a coleta seletiva em seu condomínio, preencha o formulário abaixo e um representante entrará em contato com você.