Resíduos plásticos devem atingir meta mínima de 0% até 2040, dizem especialistas

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Um novo artigo da Universidade de Portsmouth sugere que os resíduos plásticos devem atingir a meta mínima de 0% até 2040. O plano foi criado com o objetivo de ser aprovado pela ONU no seu próximo Tratado Global para Acabar com a Poluição Plástica, que ocorrerá na COP27 do Egito. 

A meta para a diminuição de resíduos plásticos ainda não foi consolidada pelo tratado. Portanto, o time de cientistas envolvidos no artigo assessoraram o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, G20 e Banco Mundial sobre política de plástico e explicaram o motivo da meta “ambiciosa” estipulada por suas pesquisas. 

De acordo com o professor Steve Fletcher, diretor do Global Plastics Policy Center, o simples propósito de acabar com a poluição plástica pode ser ambíguo e, por isso, necessita de uma meta delimitada para que o objetivo seja alcançado a tempo. 

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O professor acredita que, para que o tratado funcione e a meta seja alcançada, formuladores de políticas, empresas, pesquisadores e a sociedade em geral devem desenvolver uma estratégia global coordenada para combater a poluição plástica e ir além das tecnologias e pensamentos atuais envolvendo o problema. 

Além disso, o artigo enfatiza a necessidade de medidas para medir o progresso das políticas criadas para enfrentar a poluição. 

Cerca de 200 nações estão comprometidas com o desenvolvimento do tratado. No entanto, especialistas acreditam que elas devem ser realistas frente ao cumprimento da meta. Para que isso aconteça, eles reforçam a importância de enfrentar o problema pela fonte — que significa evitar que novas ondas de poluição entrem no meio ambiente, em vez de focar na limpeza de toda a poluição plástica já existente.

O time de pesquisadores envolvidos no artigo acredita que as atuais políticas nacionais de plásticos abordam apenas uma fração da poluição plástica, e não são o suficiente para que o problema seja solucionado. De acordo com Antaya March, líder da pesquisa, “políticas específicas de cada país, como a proibição de produtos plásticos específicos, não têm o alcance de afetar significativamente os fatores globais de poluição plástica.”

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Sem uma mudança nessas políticas, a entrada de plástico no meio ambiente só se reduzirá em aproximadamente 7% até 2040.

March também defende que, embora um material útil, a má gestão do plástico desencadeou uma crise global que exacerbou as mudanças climáticas. Portanto, a meta ambiciosa estipulada pelo estudo é necessária para que maiores problemas sejam evitados. 

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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