Você conhece a ReStore? É uma ferramenta do Google Maps que tem como objetivo ajudar na recuperação do meio ambiente. Ao selecionar uma área de terra em qualquer lugar do planeta, ela oferece informações locais, como a quantidade de árvores perdidas ao longo do tempo e quanto carbono está armazenado no solo. Além disso, ela mostra possibilidades e benefícios caso a área fosse restaurada ambientalmente.
O site também mapeia dezenas de milhares de projetos de restauração em andamento — 72.000, até agora — de recuperação de florestas a pastagens e habitats costeiros.
Desenvolvida com a ajuda de uma rede de cientistas, a ReStore compartilha dados sobre fatores como chuva e quais tipos de árvores crescem em uma área e, eventualmente, incluirá detalhes sobre quais espécies provavelmente crescerão localmente conforme o clima muda.
“Existem várias maneiras pelas quais achamos que a ReStore atuará como um facilitador e um acelerador”, disse Clara Rowe, CEO da Restor ao Fast Company. “O acesso a bons dados é um deles. Ouvimos falar de muitos projetos que falharam porque estão plantando as espécies erradas nos lugares errados, e então eles têm que começar de novo. Se um projeto falhar, a plataforma pode ajudar a comunidade a aprender com os erros de uma forma mais sistemática.”
Além disso, a ReStore pode usar estimativas baseadas na ciência para obter financiamento para novos projetos ambientais, mantendo as informações sempre atualizadas. “No momento, o financiamento é uma grande barreira”, diz Rowe. “Sabemos que há muito financiamento disponível e muitas pessoas que conseguirão acelerar seus projetos por meio de investimentos, mas não sabem para onde ir. Eles não sabem se seu investimento está valendo a pena, e fazer o monitoramento em campo é caro.”
A plataforma já atua como apoiadora da Koala Clancy Foundation, uma organização sem fins lucrativos com sede na Austrália, que restaura o habitat natural de coalas, especialmente com a capacidade de estimar a captura de carbono local.
“Nós podemos dizer aos nossos doadores o quanto nossas plantações tiveram um impacto positivo nas mudanças climáticas. Essa é uma ferramenta que, de outra forma, só estaria disponível, acredito, por meio de assinatura paga de software de alta tecnologia, que está financeiramente fora do alcance de pequenas organizações”, afirma Janine Duffy, presidente da fundação.
Segundo ela, conectar organizações de restauração em um só lugar também é fundamental. “O reflorestamento geralmente é melhor realizado por pequenas organizações comunitárias — temos as redes pessoais próximas necessárias para trabalhar em terras de propriedade privada. Mas isso significa que nossa voz é minúscula, a menos que trabalhemos juntos.”
O potencial para restauração ambiental promovida pela ReStore é enorme: se o processo for bem administrado globalmente, poderá evitar mais de 60% das extinções de espécies, evitar quase 300 bilhões de toneladas métricas de CO2 na atmosfera e aumentar a segurança alimentar para mais de 1,3 bilhão de pessoas.
E há muito espaço para mais. Em um estudo anterior, os desenvolvedores da ReStore estimaram que 900 milhões de hectares de terra — fora das fazendas e cidades — poderiam, teoricamente, ser reflorestadas.
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