Restrição de pesca em alto-mar e outros pontos são defendidos para “salvar” o oceano

Compartilhar

Iniciativa de comissão quer reverter processo de degradação de oceanos

A sobrepesca e a contaminação por poluentes ameaçam os oceanos e, para reverte este quadro, uma comissão formada por ex-altos funcionários de governo e executivos lançou um relatório que propõe medidas para que os mares sejam salvos. Para isso, seria necessário agir em menos de cinco anos.

A chamada Comissão Oceano Mundial levantou como principais medidas a redução da utilização de objetos de plástico, da pesca em alto-mar e a regulação rígida para exploração de petróleo e gás. Elas estão expressas nas oito propostas para recuperar a “saúde” dos oceanos em um relatório batizado de “Do declínio à recuperação: um plano de salvação para os oceanos do mundo”.

Talvez o ponto mais destacado seja a defesa da imposição de limites às subvenções governamentais à pesca em alto-mar para acabar com a prática em cinco anos. Estados Unidos, a União Europeia, a China e Japão serão os grandes afetados.

O informe destaca que “cerca de 60% destas subvenções fomentam práticas insustentáveis e sem elas a indústria pesqueira em alto-mar não seria financeiramente viável”.

Cerca de 64% da superfície total dos oceanos é composta por águas de alto-mar, que estão para além das fronteiras nacionais. Esse enorme trecho é responsável por 50% do oxigênio do planeta e fixa 25% dos gases estufa.

No entanto, por não estar sujeita a legislações nacionais, há muitos impasses jurídicos a respeito. A comissão pediu uma negociação de um novo acordo internacional, nos moldes da Convenção das Leis do Mar das Nações Unidas (UNCLOS).

Veja também:
Desperdício de plástico causa prejuízo de R$ 29 bilhões ao ecossistema marinho, estima ONU
[Vídeo] Jovem de 19 anos projeta mecanismo para despoluir metade do Pacífico em dez anos

eCycle

Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.

Saiba mais