Retinoblastoma: causas e sintomas

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Retinoblastoma é um tipo raro de tumor maligno que se desenvolve na retina e que também é conhecido como câncer de olho. Ele é comumente diagnosticado em crianças menores de cinco anos. Porém, raramente também é uma condição desenvolvida em adultos.

A retina é localizada no fundo do olho e composta por um tecido nervoso. Esse tecido capta a luz e, pelo nervo óptico, manda informações para o cérebro, onde essas informações são traduzidas em imagens — ou a visão. 

O câncer pode se desenvolver em um ou nos dois olhos, e se detectado nos primeiros estágios é curável via tratamento. Acredita-se que nove de dez casos de retinoblastoma são curáveis. Porém, isso depende do tamanho do câncer, assim como sua localização e se ele conseguiu se espalhar.

As células do câncer podem se enraizar mais a fundo do olho ou se espalhar pelo resto do corpo, como no cérebro e na coluna. 

Por ser uma doença rara, o retinoblastoma afeta entre 200 e 300 crianças todos os anos. 

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Sintomas

Os sintomas do câncer de olho são:

  • Pupila branca (leucocoria): geralmente vista em fotos com flash, ou quando a luz é refletida no olho da criança. Apresenta-se como um reflexo branco na pupila. 
  • Estrabismo: olhos que parecem olhar em direções diferentes
  • Olhos vermelhos, irritados ou inchados: pode acontecer em qualquer parte dos olhos, deixando-os mais sensíveis
  • Visão ruim

Causas

O retinoblastoma é causado por uma mutação do gene RB1, que faz com que as células da retina cresçam incontrolavelmente. Enquanto as células saudáveis morrem, as mutações continuam se multiplicando. O acúmulo dessas células resulta na formação do tumor. 

Em 40% dos casos essa mutação é passada geneticamente, nos outros 60% a formação ocorre espontaneamente. Sessenta por cento das crianças com retinoblastoma hereditário desenvolvem a condição nos dois olhos, 30% apenas em um e os 10% remanescentes não desenvolvem o tumor, mas carregam os genes. 

Quando o tumor ocorre nos dois olhos, ele pode crescer simultaneamente ou em períodos diferentes. 

Em casos de retinoblastoma não hereditário, é mais comum que a criança apenas desenvolva o câncer em um olho. 

Prevenção

Na maioria dos casos do câncer de olho, profissionais da saúde não tem certeza de sua causa, portanto não existem prevenções a serem tomadas. Porém, quando a mutação for genética, médicos indicam procedimentos de teste genético. 

Se o gene for encontrado, o exame nas crianças pode ser feito tanto durante a gestação como após o nascimento. Assim, o tumor é encontrado em seus primeiros estágios de desenvolvimento e a probabilidade de cura é maior. 

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Diagnóstico

O diagnóstico é feito pelo teste do olhinho, que é feito nos primeiros dias de vida da criança ou logo após o nascimento. O exame é rápido, indolor e não oferece nenhum risco à criança. Além de poder diagnosticar o retinoblastoma, ele também indica outros tipos de possíveis problemas com a visão, incluindo o glaucoma. 

Quando a condição é desenvolvida depois de algum tempo de vida, outros testes poderão ser feitos com profissionais de saúde. Esses testes, contudo, são mais invasivos e requerem anestesia geral.

Tratamento

Dependendo do estágio do câncer, existem tratamentos diferentes. Os mais comuns são a quimioterapia, radiação, crioterapia e terapia a laser. Todos esses tratamentos têm o objetivo de parar a multiplicação das células cancerígenas, assim como a sua destruição. Na maioria dos tratamentos, a criança é sedada para evitar possíveis complicações. 

Em casos mais severos, onde o câncer é muito grande, uma cirurgia onde o globo ocular é inteiramente removido, assim como uma parte do nervo óptico, é recomendada.  

Júlia Assef

Jornalista formada pela PUC-SP, vegetariana e fã do Elton John. Curiosa do mundo da moda e do meio ambiente.

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