Estados-membros da ONU se reuniram nesta semana em Nova Iorque para deliberar sobre os preparativos da reunião Estocolmo+50: um planeta saudável para a prosperidade de todos e todas — nossa responsabilidade, nossa oportunidade
Por Nações Unidas Brasil — O evento, que acontecerá em junho, marca os 50 anos desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que introduziu a pauta ambiental nos debates internacionais.
A reunião preparatória terminou com uma série de sugestões para diálogos de liderança, que deverão mobilizar a comunidade global em prol do fortalecimento de cooperações e ações aceleradas e inovadoras sobre o meio ambiente e o desenvolvimento.
Estados-membros da ONU e outras partes interessadas se reuniram nesta segunda-feira (28), na sede da ONU em Nova Iorque, para deliberar sobre os preparativos da reunião internacional que acontecerá em junho, a Estocolmo+50: um planeta saudável para a prosperidade de todos e todas — nossa responsabilidade, nossa oportunidade. A reunião preparatória terminou com uma série de sugestões para diálogos de liderança, que deverão mobilizar a comunidade global em prol do fortalecimento de cooperações e ações aceleradas e inovadoras sobre o meio ambiente e o desenvolvimento.
O encontro internacional será sediado pelos governos do Quênia e da Suécia em Estocolmo nos dias 2 e 3 de junho de 2022 para reunir a comunidade global, refletir e agir sobre as interconexões entre desenvolvimento, pobreza e meio ambiente, em comemoração aos 50 anos desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano.
A Conferência em Estocolmo é considerada uma das primeiras grandes reuniões multilaterais sobre o meio ambiente; estimulou a formação de ministérios e agências ambientais em todo o mundo, deu início a uma série de novos acordos globais para proteger coletivamente o meio ambiente e culminou na criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) — a única agência das Nações Unidas cuja sede está na África. Há cinco décadas, o Quênia tem sido a sede do PNUMA e este ano sediou a 5ª sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA-5.2).
Durante seu discurso na reunião, o secretário de gabinete do Ministério do Meio Ambiente e Florestas do Quênia, Keriako Tobiko, disse: “Uma maior complementaridade entre o PNUMA aos 50 e a Estocolmo+50 — para que a reunião internacional possa alavancar os resultados da UNEA5.2 e do PNUMA aos 50 — é fundamental para que uma ação ousada seja alcançada. “Espero que a Estocolmo+50 tenha como objetivo adotar uma abordagem que contemple várias partes interessadas e priorize a inclusão da juventude, pois eles são os guardiões do meio ambiente e do futuro planeta, além das mulheres, grupos indígenas e grupos da sociedade civil na tomada de decisões”, acrescentou.
A ministra de Clima e Meio Ambiente da Suécia, Annika Strandhäll, afirmou: “Estamos agora na reta final dos preparativos para a Estocolmo+50. Ao longo dessa conversa, ouço uma direção comum: devemos traduzir compromissos em ações e repensar o bem-estar humano”. A Estocolmo+50, portanto, oferece uma oportunidade para que o mundo se reúna para traçar o rumo de um futuro verde e justo para todos e todas nós”.
O evento contará com três diálogos de liderança que deverão apresentar recomendações evidentes e concretas sobre ações que podem ser feitas em todos os níveis; os diálogos foram analisados por meio de deliberações das várias partes interessadas durante a reunião preparatória de segunda-feira:
- Diálogo de liderança 1: Reflexões sobre a necessidade urgente de ações para se alcançar um planeta saudável e a prosperidade para todos e todas.
- Diálogo de liderança 2: Como alcançar uma recuperação sustentável e inclusiva da pandemia de COVID-19.
- Diálogo de liderança 3: Como acelerar a implementação da dimensão ambiental do desenvolvimento sustentável no contexto da Década da Ação e a implementação do desenvolvimento sustentável.
“Em um mundo já desigual, a Estocolmo+50 é uma chance de remodelar as interações nacionais e globais. Uma chance de entregar a equidade. Uma chance de ampliar um movimento global para um mundo mais solidário, um movimento que assume as preocupações da juventude e das pessoas vulneráveis. Um mundo que cria relações de confiança. Um mundo que transforma compromisso em ação”, afirmou a diretora executiva do PNUMA e secretária-geral da reunião internacional Estocolmo+50, Inger Andersen.
“Estamos procurando recomendações e promessas de ações para enfrentar o consumo e a produção insustentáveis; para abordagens inovadoras de financiamento, como a troca de dívidas por natureza; para a transformação de subsídios prejudiciais, como combustíveis fósseis”, complementou. “Um novo amanhecer aparece no horizonte. A Estocolmo+50 será um momento para avançarmos juntos, em solidariedade e ação coletiva, para alcançarmos esse futuro mais brilhante”.
Além dos Estados-membros da ONU, as partes interessadas incluem organizações e órgãos do sistema das Nações Unidas, organizações intergovernamentais, instituições financeiras internacionais, grupos da sociedade civil, organizações de povos indígenas, instituições acadêmicas, a comunidade científica, a juventude, o setor privado e organizações filantrópicas.
Sobre a Estocolmo+50 – A Reunião Internacional “Estocolmo+50: um planeta saudável para a prosperidade de todos e todas — nossa responsabilidade, nossa oportunidade” é um marco fundamental para a renovação do multilateralismo e para o reforço da solidariedade global. É um momento de ações e engajamentos corajosos, que reconhecem e destacam a necessidade de uma união internacional, da reciprocidade e da diversidade. É a hora de todas as partes interessadas encontrarem seu lugar no sistema global, em colaboração, para abraçar novas ideias e comprometer-se com a responsabilidade compartilhada de gerar um futuro melhor em um planeta saudável com prosperidade para todos e todas.