Sabão de coco é sustentável? Entenda

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Em nosso Guia do Sabão, você pode conferir que, dentre todos os formatos de sabão (detergente, sabonete, sabão líquido, etc.), o sabão em barra é o mais viável em termos ambientais. Mas, dentre todos os tipos de sabão em barra, seria o sabão de coco o mais indicado? Antes de decidir qual sabão é melhor utilizar, é preciso informar-se.

Como funciona na limpeza?

Basicamente, o sabão de coco e os em barra, de modo geral, são feitos a partir de uma reação química entre uma gordura (óleo) e uma base, dando origem a um sal, que formam o conjunto sabão e glicerol.

Exemplificando: óleo ou gordura + base = sabão + glicerol. Esse processo recebe o nome de saponificação.

Na saponificação, o óleo ou gordura é misturado a uma base, que normalmente é o hidróxido de sódio (soda cáustica) ou hidróxido de potássio. Essa mistura pode ser chamada de tensoativo.

A grande diferença entre usar apenas água e usar sabão de coco na limpeza é que o sabão de coco (ou qualquer outro) permite que água e óleo (gordura) se misturem e aprisionem as gotículas de gordura (sujeira). Esse processo que caracteriza a limpeza ocorre porque o tensoativo quebra a tensão entre os líquidos.

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O que o diferencia?

Como foi explicado anteriormente, todo sabão em barra é composto por uma gordura (óleo) e uma base e dá origem ao glicerol, substância também encontrada na natureza. O que diferencia o sabão de coco de outros que seguem essa composição (em barra) é apenas o tipo de óleo utilizado.

Na composição do sabão de coco, a matéria gordurosa principal é o óleo de coco, enquanto em outros tipos de sabão o óleo usado pode ser óleo de palma (que também é um tipo de coco), o óleo de soja, entre outros… Até mesmo o óleo reutilizado da nossa cozinha funciona muito bem!

Óleo de coco. Imagem de DanaTentis por Pixabay
Como fazer sabão caseiro sustentável

O que muda entre usar óleo de coco e de palma na produção de sabão é que eles rendem muito mais glicerol que outros tipos de óleo, como o óleo de algodão, de soja e de oliva. Ou seja, uma menor quantidade de óleo é necessária para produzir uma mesma quantidade de sabão de coco em relação a um sabão feito com outro óleo. Com isso, também a pressão sobre as plantações das matérias-primas necessárias para fazer os diversos tipos de sabão em barra fica reduzida.

O glicerol, por sua vez, é um bom umectante. Em contato com a pele, ele mantém sua umidade.

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Impactos no meio ambiente

O sabão de coco e todos os outros em barra são equivalentes em termos de impactos ambientais. Eles são tensoativos e, após uso, por quebrarem a tensão superficial da água, têm potencial de causar impactos ambientais em corpos d’água. Entretanto, por serem menos tensoativos que outros produtos de limpeza e normalmente compostos apenas por uma gordura e um base, causam menos impactos que produtos com ação detergente como sabonetes, xampus, detergentes de cozinha, entre outros.

Esses produtos possuem em sua composição agentes como o lauril sulfato de sódio, EDTA, fosfato e outros causadores de maiores danos ambientais. O ideal, portanto, é procurar um sabão de coco ou outro modelo de sabão em barra que seja natural ou, se possível, caseiro, já que assim você consegue ter certeza de que o produto não leva fragrâncias, conversantes ou corantes.

Por isso, em comparação com outros tipos de agentes de limpeza com ação detergente, o sabão de coco e todos os outros tipos de sabão em barra são uma opção mais sustentável para o ambiente. Mas lembre-se: ainda que o sabão de coco seja mais sustentável, isso não quer dizer que ele não cause nenhum impacto, então use com consciência.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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