Desde esportes e política até educação, eventos e pesquisas apontam a contribuição da cultura indígena para a diversidade dos ambientes educacionais
Por Camilly Rosaboni, Danilo Queiroz, Gustavo Roberto da Silva e Tabita Said, do Jornal da USP | Dia 20 de outubro (sexta-feira), o Centro de Estudos Ameríndios (CEstA) da USP apresentou ao público uma pesquisa que demonstra as aproximações entre o distanciamento imposto pela pandemia e os valores tradicionais do povo Guarani Mbya. Conduzida pela pesquisadora Valéria Macedo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a apresentação foi realizada às 14h30, no auditório do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia (Lisa), na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Por meio de aprendizados com interlocutores Guarani Mbya nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, o evento discute a experiência de pesquisa colaborativa envolvendo indígenas e não indígenas. A proposta é debater como as questões sobre vulnerabilidade, aproximação e distanciamento se intensificaram a partir da colonização, culminando nas adversidades políticas, sanitárias e ambientais durante a pandemia de covid-19.
Até o mês de novembro, pelo menos outros três eventos sobre saberes indígenas ocorrerão na USP. Desde esportes e política até educação, eventos e pesquisas apontam a contribuição da cultura indígena para a diversidade dos ambientes educacionais.
“Nós indígenas temos a educação anterior à própria educação escolar indígena. Esse conhecimento que nós temos em nossas aldeias e nossas comunidades é uma educação ancestral que vem de nossas origens. Nós respeitamos nossos anciões como portadores desses saberes, da sabedoria da cura, da manutenção da natureza e pensar no mundo onde caibam vários mundos”, expõe Casé Angatu.
Este texto foi originalmente publicado pelo Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.