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Companhia vai reciclar sobras de obras para melhorar a reposição do pavimento asfáltico nos serviços em ruas da capital

Imagem de Ralph Bolliger em Unsplash

A Sabesp firmou nesta terça-feira (3/11) o contrato para implantação de uma usina de reciclagem para produção de base asfáltica a partir de resíduos de obras de saneamento, uma solução moderna e sustentável que vai melhorar a qualidade da reposição do pavimento nos serviços da Companhia em vias públicas e reduzir o descarte de resíduos sólidos em aterros. A iniciativa atende à estratégia da empresa do Governo de São Paulo de adotar o conceito inovador de economia circular, que foca na otimização e no reaproveitamento de materiais, reduzindo custos e beneficiando o meio ambiente.

A assinatura do contrato ocorreu na sede da unidade Oeste da Sabesp, na Vila Leopoldina, e contou com a participação do secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, do diretor-presidente da Sabesp, Benedito Braga, e do diretor da Região Metropolitana, Ricardo Borsari. A usina de reciclagem foi contratada por meio de licitação, vencida pelo consórcio Reintegrar, formado pelas empresas Fremix e Soebe. Serão investidos no projeto R$ 29,6 milhões em 30 meses.

“Hoje estamos colhendo muitos frutos plantados, transformando o que estava na prancheta em realidade, a realidade de um trabalho sério e dedicado para implementar a boa utilização dos recursos”, afirmou o secretário Penido.

Segundo o diretor-presidente Braga, a nova usina se encaixa na busca constante da Companhia pela inovação. “A Sabesp procura o desenvolvimento, a inovação, a economia circular, o uso das boas práticas. Estamos sempre na fronteira tecnológica, com exemplos no tratamento de água ou na transformação de lodo em energia. E agora estamos fazendo uma usina de reciclagem de asfalto”, disse.

Será produzido o asfalto espumado, obtido por técnica que utiliza injeção de ar e de água sob pressão no cimento asfáltico aquecido e que, além de mais sustentável, tem maior capacidade para suportar o tráfego de veículos. A recomposição da via com o asfalto espumado dá mais flexibilidade ao pavimento, reduz os riscos de surgimento de trincas e possibilita a liberação imediata para o tráfego.

A matéria-prima para a produção do asfalto serão as sobras (pedaços de asfalto, concreto, sarjeta, por exemplo) das obras da Sabesp, como as de implantação de redes de água e esgoto e as do Novo Rio Pinheiros, programa de saneamento na bacia para despoluir o rio até 2022 – o projeto também utilizará o novo asfalto.

“Será reaproveitado um material nobre, mas que, se não tomarmos cuidado, vira lixo, vira um problema para a sociedade. Com isso ganhamos em várias frentes: não depositando um material que tem valor energético excelente, dando exemplo para a população de que os resíduos devem ser reciclados e, além de tudo, fazendo algo de maior tecnologia do que o existente, ou seja, gerando uma melhoria das condições. Isso vai gerar maior satisfação na população”, explicou, durante o evento, a diretora da Escola Politécnica da USP, Liedi Bernucci.

A usina de reciclagem da Sabesp terá capacidade para produzir ao ano até 1 milhão de m² de reposição asfáltica, o que equivale a 14 vezes a área das pistas da avenida Paulista.

Com a reciclagem das sobras de obras, a Companhia deixará de descartar ao ano 150 toneladas de material nos aterros sanitários (ou 8.000 caminhões cheios), o que atende às diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Também reduzirá em até 80% a compra de brita, gerando menos impacto ambiental.



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