A nova lei estadual não proíbe a produção de sacolas plásticas, mas será cobrado dos clientes dez centavos por sacola utilizada
Uma sacola de plástico demora, em média, mil anos para se decompor completamente. Todos os anos, os estadunidenses jogam fora 100 bilhões de sacolas de plástico, causando enormes danos no meio ambiente e colocando em risco a vida de várias espécies de animais – principalmente espécies marinhas, como baleias, peixes, tartarugas e focas.
O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, criou um referendo, o California Plastic Bag Veto Referendum, para consultar sua população sobre a proibição do uso de sacolas plásticas. O referendo foi realizado no dia 8 de novembro e teve 51,97% de votos a favor da proibição.
A nova lei estadual não proíbe a produção de sacolas plásticas, mas será cobrado dos clientes dez centavos por sacola utilizada. O objetivo é incentivar o uso de sacolas de compras reutilizáveis. Uma iniciativa semelhante na Inglaterra diminuiu o uso de sacolas de plástico em 85%. Na cidade de São Paulo, medidas semelhantes foram tomadas.
“Esta é uma vitória ambiental importante que significará uma eliminação imediata de 25 milhões de sacolas de plástico que poluem a Califórnia todos os dias, ameaçando a vida selvagem”, comemora Mark Murray, co-presidente da California Against Waste.
As sacolas de plástico começaram a ser utilizadas nos supermercados na década de 1980. Mas, após diversos estudos mostrarem o perigo que elas representam para o meio ambiente e a vida animal, países do mundo inteiro vêm aprovando medidas para diminuir o seu uso. Em 2014, a União Europeia, por exemplo, aprovou uma diretriz para reduzir o uso de sacolas de plásticos em 80% até 2019, incentivando o uso de sacos biodegradáveis ou aplicando taxas sobre o consumo. Hong Kong, Quênia e África do Sul são alguns dos outros países que também proibiram o uso de sacolas de plástico.