O sal do Himalaia, também chamado de sal rosa do Himalaia, ou khewra, é um tipo de sal com a cor salmão rosado. Ele é encontrado em regiões próximas à cordilheira do Himalaia, no Paquistão.
Normalmente, o sal rosa do Himalaia é considerado mais saudável que o sal refinado de cozinha e como benéfico para a saúde devido ao seu conteúdo de minerais. Entretanto, ele é composto principalmente de cloreto de sódio, e existem poucas pesquisas sobre os benefícios do sal rosa do Himalaia. Por isso, alguns profissionais de saúde afirmam que é um sal com benefícios superestimados.
O sal é um mineral composto principalmente por cloreto de sódio (98% em peso). Ele pode ser produzido pela evaporação da água salgada ou pela extração de minas subterrâneas de sal.
Antes de chegar ao mercado, o sal branco (ou sal de cozinha) passa por um processo de refino para remover impurezas e quaisquer outros minerais além do cloreto de sódio. E, também, pode ser branqueado com produtos químicos e aquecido a temperaturas extremamente altas.
Às vezes, agentes antiaglomerantes são adicionados para ajudar a absorver a umidade, úteis durante o armazenamento do sal, mas muitas vezes prejudiciais ao nosso organismo. O iodo é incluído para prevenir a deficiência de iodo na população (que causa bócio).
Os seres humanos usam sal branco refinado para dar sabor e preservar alimentos há milhares de anos. Curiosamente, o sódio também contribui em várias funções biológicas, equilibrando fluidos. Ele também auxilia na condução nervosa e na contração muscular. Por esse motivo, é absolutamente necessário ter sal ou sódio na dieta (1, 2, 3).
No entanto, muitos profissionais de saúde afirmam que excesso de sódio pode levar a pressão alta e doenças cardíacas. Devido aos riscos do consumo excessivo de sal branco, muitas pessoas o substituíram pelo sal do Himalaia, acreditando ser uma alternativa mais saudável.
O sal rosa do Himalaia é um sal de cor salmão rosado. Ele é extraído da mina de sal de Khewra, localizada perto do Himalaia, no Paquistão. A mina de sal de Khewra é uma das maiores e mais antigas minas de sal do mundo.
Acredita-se que o sal do Himalaia colhido nesta mina tenha sido formado há milhões de anos a partir da evaporação de corpos d’água antigos. Ele é extraído à mão, sendo minimamente processado. Ele não é refinado, é livre de aditivos e é considerado mais natural que o sal de mesa.
Assim como o sal de mesa, o sal do Himalaia é composto principalmente de cloreto de sódio. Porém, ao contrário do sal convencional, o processo de extração permite que o sal rosa do Himalaia mantenha outros minerais e oligoelementos que não são encontrados no sal comum de mesa. Estima-se que o sal do Himalaia pode conter até 80 minerais importantes e oligoelementos diferentes. De fato, são esses mesmos minerais, especialmente o ferro, que lhe conferem a característica cor rosa.
O sal rosa do Himalaia tem vários usos dietéticos e não dietéticos. Em geral, você pode cozinhar com sal rosa do Himalaia, como faria com sal de mesa comum. Coloque-o em molhos e marinadas ou adicione-o à sua comida na mesa de jantar.
Algumas pessoas até usam sal rosa do Himalaia como superfície de cozimento. Grandes blocos (tábuas) de sal podem ser comprados e usados para grelhar, queimar e conferir um sabor salgado a vegetais e outros alimentos. O sal rosa também é encontrado na forma de luminárias. E pode ser comprado finamente moído como o sal de mesa comum, mas não é incomum encontrar também variedades grossas vendidas em tamanhos maiores de cristal, como o sal grosso.
Sempre que você estiver medindo qualquer tipo de sal por volume, é importante considerar o grau de moagem. Pode ser necessário usar quantidades maiores de sal grosso para obter a mesma salinidade do sal moído finamente. Isso ocorre porque as unidades de sal moído finamente ficam mais próximas uma da outra do que as unidades do sal grosso, por isso há mais sal em um volume específico de sal refinado do que no mesmo volume de sal grosso.
Uma colher de chá de qualquer tipo de sal finamente moído pode conter cerca de 2.300 mg de sódio, enquanto uma colher de chá de sal grosso varia de acordo com o tamanho do cristal, mas pode conter menos de 2.000 mg de sódio. Além disso, o sal do Himalaia contém um pouco menos de cloreto de sódio do que o sal de mesa comum, o que pode ser necessário levar em consideração ao cozinhar.
Uma possível desvantagem do sal do Himalaia em comparação ao sal comum é a sua pegada de carbono. Você já pensou em quanto carbono é emitido no transporte do sal do Himalaia até o Brasil?
Entretanto, um estudo mostrou que sais de rocha, como o sal rosa, contém significativamente menos partículas de microplástico que o sal marinho. O que poderia ser uma vantagem. Mas ainda não foram realizados estudos atestando se essa característica apresenta benefícios efetivos para o organismo humano.
Além disso, nutricionistas afirmam que a quantidade de sal do Himalaia ingerida diariamente deve se limitar à mesma que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda para o sal branco: cinco gramas de sal por dia.
O sal do Himalaia é usado em alguns sais de banho, que algumas pessoas usam com a finalidade de melhorar as condições da pele e acalmar os músculos doloridos. As lâmpadas de sal também costumam ser feitas com sal rosa do Himalaia, e são usadas para remover poluentes do ar. Essas lâmpadas consistem em grandes blocos de sal com uma fonte de luz interna que aquece o sal.
Além disso, o tempo gasto em cavernas de sal feitas pela humanidade, formadas a partir de sal rosa do Himalaia, é popular entre as pessoas que buscam melhorar os problemas respiratórios e de pele. Mas a pesquisa científica sobre esses temas é escassa.
O sal de mesa e o sal do Himalaia consistem principalmente de cloreto de sódio, mas o sal do Himalaia tem até 84 outros minerais e oligoelementos. Estes incluem minerais comuns como potássio e cálcio, bem como minerais menos conhecidos como estrôncio e molibdênio.
Um estudo analisou o conteúdo mineral de vários tipos de sais, incluindo sal rosa do Himalaia e sal comum de mesa. Abaixo está uma comparação de minerais conhecidos encontrados em um grama dos dois sais:
Sal do Himalaia | Sal de mesa | |
---|---|---|
Cálcio (mg) | 1.6 | 0,4 |
Potássio (mg) | 2.8 | 0,9 |
Magnésio (mg) | 1.06 | 0,0139 |
Ferro (mg) | 0,0369 | 0,0101 |
Sódio (mg) | 368 | 381 |
Como você pode ver, o sal de mesa pode ter mais sódio, mas o sal do Himalaia contém mais cálcio, potássio, magnésio e ferro (4). No entanto, a quantidade desses minerais no sal rosa do Himalaia é muito pequena. Seria necessário ingerir 1,7 kg de sal do Himalaia para obter a quantidade diária recomendada de potássio, por exemplo. Na maioria dos casos, os minerais extras no sal do Himalaia são encontrados em quantidades tão pequenas que é improvável que lhe proporcionem quaisquer benefícios à saúde.
Considerando tudo isso, o sal rosa do Himalaia é, portanto, mais saudável que o sal convencional? Aparentemente não. Não há nenhuma pesquisa que indique maiores diferenças ou benefícios ao sal rosa.
Ambos os tipos de sal podem oferecer benefícios e malefícios à saúde humana, dependendo do seu tipo de consumo. Embora contenha menos sódio, a diferença é pequena e não é capaz de nenhuma alteração no organismo quando consumido em moderação.
Apesar do fato de que o sal rosa do Himalaia contém apenas pequenas quantidades de minerais adicionais, muitas pessoas ainda afirmam que ele pode fornecer vários benefícios à saúde. A verdade é que a maioria dessas alegações não possui nenhuma pesquisa para apoiá-las. Algumas afirmações acerca dos benefícios do sal do Himalaia incluem:
Algumas das alegações relacionadas aos usos não dietéticos do sal rosa do Himalaia podem ser vagamente baseadas em pesquisas. O uso de câmeras de sal como tratamento para várias doenças pulmonares (haloterapia) foi avaliado em alguns estudos. Os resultados sugerem que pode haver algum benefício, mas, em geral, são necessárias pesquisas mais rigorosas para investigar sua eficácia (confira aqui os estudos a respeito: 5, 6, 7).
Por outro lado, algumas dessas alegações de saúde são, na verdade, apenas funções normais do cloreto de sódio no organismo, você pode obter esses benefícios com qualquer tipo de sal. Um estudo concluiu que dietas com muito pouco sal podem contribuir para problemas de sono. Isso sugere que uma quantidade adequada de sal pode ser necessária para um sono de qualidade. No entanto, o estudo não examinou o sal do Himalaia em específico, o que pode significar que esse efeito seja causado pelo cloreto de sódio.
Além disso, os minerais do sal do Himalaia não estão presentes em quantidades grandes o suficiente para afetar o equilíbrio do pH do corpo. Os pulmões e rins regulam o pH do organismo sem a ajuda do sal do Himalaia.
Os níveis de açúcar no sangue, o envelhecimento e a libido são todos controlados principalmente por outros fatores além do sal, e simplesmente não existem estudos científicos que sugiram que comer sal rosa do Himalaia possa beneficiar qualquer um desses aspectos da saúde. Da mesma forma, não há pesquisas comparando os efeitos na saúde do sal do Himalaia e do sal comum de mesa. Se a pesquisa existisse, é improvável que encontrasse diferenças nos seus efeitos na saúde.
Já há algum tempo somos bombardeados com informações negativas a respeito da utilização do sal, que muitas vezes é chamado até de veneno. Todos os tipos de sal, quando consumidos em excesso, podem causar diversos riscos à saúde, como aumento na pressão arterial, problemas cardíacos e hipernatremia – intoxicação por sódio.
Além disso, pode contribuir para problemas como a retenção de líquidos, estrias, celulites, e também atrapalhar o ganho de massa muscular e a absorção de cálcio pelo organismo (interferindo no crescimento de crianças e adolescentes). Para saber mais acesse a matéria:
Por isso a crescente busca por alternativas mais saudáveis como a utilização do sal do Himalaia. Mas, na verdade, a alternativa mais saudável talvez seja o consumo com moderação de qualquer tipo de sal.
Em um mundo em que as pessoas cozinham cada vez menos e são bombardeadas de opções industrializadas a preços acessíveis e com pouca informação nos rótulos, fica difícil controlar a ingestão de sódio e outras substâncias nocivas. A melhor saída é evitar os alimentos industrializados. Saiba mais na matéria:
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