O salgueiro-chorão (Salix babylonica), também conhecido como chorão ou salso-chorão, é uma árvore da família Salicaceae originária do leste asiático, nativa da China, mas cultivada em outras regiões. Conhecida por sua aparência, a árvore de médio a alto porte possui um tronco forte que pode alcançar de 9 a 15 metros de altura e galhos pendentes que formam um arco com folhas lineares.
O nome científico Salix babylonica foi dado ao salgueiro-chorão no século 18 pelo botânico sueco Carl Linnaeus, que acreditava, erroneamente, que a árvore era da antiga Babilônia, como foi referenciado na Bíblia. Já o gênero Salix possui origem celta que significa “perto da água”.
Embora nativa da China, acredita-se que a árvore foi trocada ao longo da rota da seda para a Europa e agora é encontrada na América do Norte e em outras partes do mundo.
O salgueiro-chorão cresce rapidamente e possui curta longevidade. Por isso, os gregos acreditavam que plantar um salgueiro e vê-lo crescer auxiliaria a passagem da alma no mundo dos mortos.
Assim como o nome da espécie sugere, o chorão cresce especialmente bem perto da água e prefere solo úmido, bem drenado e ligeiramente ácido. Ele também cresce melhor em climas quentes com total exposição ao Sol e não tolera o frio.
Em regiões com a estações demarcadas, o salgueiro-chorão é a primeira árvore a perder suas folhas no outono, quando deixam sua coloração verde-claro para o amarelo.
Além dos galhos e folhas arqueadas, a árvore possui outras características que permitem a sua identificação, são elas:
A árvore salgueiro-chorão é suscetível a diversas doenças, como ferrugem bacteriana, oídio, manchas foliares, cancros e doenças fúngicas. Seu tronco é fraco e pode fissurar facilmente, principalmente quando é afetado por alguma condição, no entanto, os danos podem ser diminuídos com podas frequentes e com o uso de fungicidas.
Em geral, o salgueiro-chorão é usado como árvore ornamental por sua beleza característica. No entanto, os povos nativos da América do Norte usavam seus galhos na confecção de pincéis de tinta e a sua casca por suas propriedades curativas no tratamento de febres e dores.
A salicina, fonte de ácido salicílico e substância extraída da casca de salgueiro, é um ingrediente ativo na aspirina.
A árvore possui outros usos na medicina natural, como:
Além da medicina, a casca do salgueiro também é utilizada na produção de biomassa e biocombustível.
Simbolicamente visto como um sinal de reciprocidade, o salgueiro-chorão possui um papel importante no ecossistema que é introduzido. Quando plantada perto da água, a árvore obtém sua nutrição necessária através de suas raízes e, consequentemente, protege o solo ao seu redor da erosão, além de filtrar detritos da água.
Ela atrai insetos, que servem de alimento para os peixes, e também oferece sombra, resfriando o ambiente aquático. Além disso, abriga outros animais pequenos, como pequenos mamíferos e algumas espécies de pássaros.
O pólen produzido pelo salgueiro é essencial para a nutrição das abelhas no início da primavera.
O salgueiro possui conotações místicas e espirituais. Na Grécia antiga, por exemplo, a árvore era associada à Deusa Hécate, da bruxaria. Já na lenda de Orfeu, o poeta carregou ramos de salgueiro em sua jornada ao submundo para resgatar Eurídice.
Sua flexibilidade também deu origem a outros significados, como a resiliência. Como Bruce Lee disse, “A árvore mais dura é mais facilmente quebrada, enquanto o bambu ou o salgueiro sobrevivem dobrando-se com o vento.”.
Em geral, o salgueiro-chorão é um símbolo de fertilidade e novos começos.
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